Brasil é homenageado no 14º Festival de Cinema de Pequim

O Brasil se destaca como país homenageado durante o 14º Festival Internacional de Cinema de Pequim, evidenciando o papel importante do cinema brasileiro na promoção do intercâmbio cultural entre Brasil e China. Durante a cerimônia de abertura, realizada na última quinta-feira (18), o secretário-Executivo adjunto do Ministério da Cultura (MinC), Cassius Rosa, enfatizou a importância do audiovisual brasileiro como elo fundamental para fortalecer as relações entre os dois países.

“Para nós é uma grande honra sermos o país homenageado da 14ª Edição do Festival Internacional de Cinema de Pequim. Este ano marca os 50 anos do estabelecimento das relações diplomáticas entre o Brasil e a China. Desde então, as trocas culturais e a cooperação entre os dois países continuaram a se aprofundar, com o cinema brasileiro se tornando um elo importante para fortalecer a amizade entre nossos povos e promover a troca cultural”, afirmou Cassius Rosa.

A ministra da Cultura, Margareth Menezes, em uma mensagem de vídeo direto de Bogotá, na Colômbia, expressou gratidão pelo convite da República Popular da China para participar do Festival. “A cultura é uma das áreas que permite realizar aproximações e projetos para uma agenda de fortalecimento das parcerias existentes e das parcerias que vamos construir no futuro. Hoje, o Brasil tem uma indústria cinematográfica potente e em ascensão, além de possuirmos uma forte indústria televisiva e um promissor mercado de jogos digitais e novas tecnologias”, comentou a ministra Menezes.

A relação entre Brasil e China vai além do âmbito cinematográfico, sendo marcada por importantes acordos comerciais e de cooperação em diversos fóruns multilaterais. 

“A participação do Brasil como país homenageado de um dos principais festivais de cinema do mundo constitui simbólico marco inicial de um ano repleto de eventos culturais de relevo a serem realizados em cada país, aproximando nossas culturas e povos, e impulsionando a cooperação entre nossas economias criativas”, afirmou o ministro Marco Antonio Nakata, diretor do Instituto Guimarães Rosa.

Um dos aspectos mais significativos dessa relação é o acordo de coprodução cinematográfica assinado entre Brasil e China em 2017, seguido pelo acordo de coprodução televisiva em 2023. Esses acordos garantem que as coproduções entre empresas brasileiras e chinesas recebam tratamento nacional em ambos os territórios, contribuindo para uma maior visibilidade do cinema brasileiro na China e vice-versa.

O diretor da Diretoria de Preservação e Difusão Audiovisual da Secretaria de Audiovisual (DPDA), André Ricardo Araújo Virgens, destacou o potencial desse mercado e a importância da participação do Brasil no Festival Internacional de Cinema de Pequim.

“Até o fim do ano passado a China tinha 86 mil salas de cinema. O Brasil tem cerca de 3,5 mil. Então, os lançamentos audiovisuais no mercado chinês são muito representativos. Queremos lançar filmes brasileiros na China e criar mecanismos para que as obras chinesas também tenham uma difusão ampliada no Brasil”, comentou André.

Na atual edição do Festival Internacional de Cinema de Pequim, a programação conta com a Brazil’s Film Week (BFW), que apresenta obras brasileiras reconhecidas internacionalmente. Filmes como ‘Retratos Fantasmas’, ‘Marte Um’, ‘Que Horas Ela Volta’ e ‘Uma História de Amor e Fúria’ serão exibidos, representando a diversidade e a qualidade do cinema brasileiro.

Com mais de 100 atividades programadas, incluindo a entrega do Prêmio Tiantan e diversas exibições em Beijing, o Festival Internacional de Cinema de Pequim reafirma seu papel como um dos principais eventos cinematográficos do mundo.