Banda goiana se apresenta no Lollapalooza 2019

Evento começa nesta sexta-feira (5) e conta com apresentações de Carne Doce, Bhaskar e DJ illusionize

Postado em: 05-04-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Evento começa nesta sexta-feira (5) e conta com apresentações de Carne Doce, Bhaskar e DJ illusionize

GUILHERME MELO* 

Dando continuidade a toda diversidade cultural do País, o Lollapalooza 2019 começa, nesta sexta-feira (5), e conta com três dias de muita música para todos os gostos. Não diferente do Lollapalooza 2018, a oitava edição do festival conta com a participação de três atrações de Goiás. O festival, que segue até domingo (7), coloca nossos cantores junto a artistas como Arctic Monkeys, Kendrick Lamar, Sam Smith, Twenty One Pilots, Gabriel O Pensador, Lenny Kravitz e Post Malone na programação. 

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Os representantes goianos da música eletrônica e da indie são a banda Carne Doce e os DJs Illusionize e Bhaskar – eles mostram que a ‘terra do sertanejo’ também consegue exportar músicos além dos belos cantores sertanejos. Os goianos estão em ascensão, dentro e fora do Brasil, por seus estilos irreverentes e peculiaridades nas músicas. Carne Doce já possui mais de 3 milhões de visualizações no Youtube e já tocou em eventos como Circo Voador e Festival Bananada.

Pedro Mendes, também de Goiânia, é DJ e produtor, conhecido como ‘illusionize’, e apelidado como o garoto do chapéu. Ele ficou bastante conhecido, principalmente pela sua produção em parceria com Chemical Surf e Sharam Jey. O jovem teve participações no próprio Lollapalooza e nos festivais Tomorrowland, Ultra, XXXPerience, Green Valley, Laroc e Privilege.

A nossa outra atração já tem a veia artística. Bhaskar, filho dos precursores do movimento psy trance, no País (donos de um dos festivais mais famosos, Universo Paralelo-UP) e irmão de Alok, já possui mais de 7 milhões de visualizações no Youtube, fora suas parcerias com grandes nomes do seguimento.

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação 

da editora Flávia Popov

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k Carne Doce

A banda é uma das mais renomadas do Estado, do estilo inde, e ficou ainda mais conceituada após o lançamento do álbum Tônus, que apresenta temas de aceitação pessoal e amor próprio. A banda vai se apresentar, neste sábado (6), após o show da Liu.

Pensando em um rock psicodélico e experimental, os músicos trabalham com temas ‘tristes’, mas que, ainda assim, conseguem fazer dançar. Definição que a vocalista da banda, Salma Jô, qualificou. “Música que a gente dança chorando”, define ela ao Essência.

Salma explica que essa definição surgiu do público, ainda mais depois do lançamento da música Comida Amarga, que teve o clipe disponibilizado no fim de março. “Funciona muito bem essa contradição de triste mais dançante, e eu também gosto”, admite 

a artista. 

No festival, a banda revela que o show vai ser “breve, mas com as músicas mais importantes, todas presentes nas faixas do terceiro disco, Tônus, além dos antigos sucessos”.

Segundo a cantora, o convite para o Lollapalooza é um reflexo do esforço da banda e o reconhecimento como artistas. “A oportunidade de tocar lá significa que o meu show é realmente bom”, brinca ela. 

A banda admite que estar em um evento como esse é o resultado do amadurecimento como artistas. “Desde que começamos, estamos procurando melhoras nosso som, que é algo natural do nosso ser”, reflete. A banda surgiu com Salma Jô e Macloys, que moravam, juntos, na Capital, desde 2009. Hoje, ela é formada por Salma (vocal), Macloys Aquino (guitarra), João Victor Santana (guitarra e sintetizadores), Ricardo Machado (bateria) e Aderson Maia (baixo). 

 k Bhaskar

Vindo de família de músicos, o cantor começou sua história, em 2004, ainda aos 12 anos, quando surgiu seu primeiro projeto com Alok Petrillo, seu irmão gêmeo. Na época, eles lidavam com as CDJs como um hobby, mas, com o passar do tempo, viram que a brincadeira estava ficando séria. Em pouco tempo, já dividiam seu tempo entre os estudos e o estúdio.

Filho dos renomados DJs Swarup e Ekanta, foi motivado pelo sucesso dos pais, e, em poucos anos, já estava se apresentando em diversos países. “Minha família foi importante na construção da minha carreira; tanto meu irmão, como meus pais, são minha base”, diz ao Essência. 

O artista estreia no festival dste ano, e conta que se programou bem para o evento. “Estamos com os ensaios há dois meses. Comecei a organizar desde que recebi o convite para participar do evento”, acrescenta. O DJ, que é conhecido por irreverência e diversidade musical, revela que o público ficara surpreso com a apresentação. “Estamos preparando algo característico da música eletrônica, do jeitinho que o goiano gosta – além de participações especiais, como os cantores 3030”, adianta. Os artistas realizaram uma parceria, recentemente, com a música Manhã de Sol, que os fãs podem conferir no encerramento do Lolla, no domingo (7). 

 k DJ Illusionize

Um dos maiores representantes da música eletrônica do Brasil, o jovem de 22 anos, Pedro Mendes, conhecido como ‘Illusionize’, mostra todo o seu talento, também, neste sábado (6). 

Natural de Goiânia, é DJ, produtor e conhecido, principalmente, pela sua produção em parceria com Chemical Surf e Sharam Jey.

Em algumas entrevistas já concedidas, Pedro diz que a música Bass havia sido feita em parceria com um amigo que havia parado de tocar. “Muitos projetos nascem sem a gente perceber, como eu estar no Lolla”, conta o artista. 

O músico, que começou a carreira artistica aos 6 anos, celebra dez anos de carreira. “Comecei na escola, usando sons do hip hop, funk, pop. Sempre gostei de música, ficava assistindo a videoclipes o dia inteiro”, revela o DJ em entrevista à revista Quem. 

De Goiânia, ele conta que sempre teve o apoio da família para seguir na carreira. “Todos apoiaram bem, e, até hoje, estão apoiando; acho que eles sentem, muito orgulho do que eu faço, assim como eu”, explica Pedro para a revista. 

Começando tão novo, ele enfrentou algumas dificuldades para encontrar sua identidade musical, mas agora afirma estar no lugar certo, o Lollapalloza.

“Quando comecei a tocar, eu sofri um pouco em relação a isso, porque precisava tocar para as pessoas aquilo que elas queriam ouvir. É natural que, conforme o tempo passe, a gente desenvolva melhor nossa própria identidade. E foi assim comigo. Hoje, grande parte do meu público me conhece pelo grave das minhas músicas, e isso é, de fato, umas das principais características das minhas produções. Mas é claro que, com o tempo, a gente vai se moldando cada vez mais. O importante é não perder a essência”, revela o artista.

Illusionize lançou, recentemente, o álbum X, disponível nas plataformas digitais e que os fãs podem conferir no festival.

 

 

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