“Goiás é do sertanejo, do rock e do pagode”

Grupo de pagode Levemente Sensual esteve no estúdio do jornal O HOJE e falou sua inserção ao sertanejo

Postado em: 28-05-2019 às 10h05
Por: Sheyla Sousa
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Grupo de pagode Levemente Sensual esteve no estúdio do jornal O HOJE e falou sua inserção ao sertanejo

GUILHERME MELO* 

Fugindo do tradicional sertanejo de Goiás, quatro estudantes do Ensino Médio – Lucas Madera, Tales Henrique, Leandro Simplício e Vinicius Xavier – decidiram inovar e formar um grupo musical de pagode, o Levemente Sensual. Os rapazes (menos o Vinicius) estiveram no estúdio do jornal O HOJE e contaram sobre a trajetória do grupo.

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A música sempre esteve presente nos melhores momentos da banda, já que os meninos são amigos de longa data. Gradativamente, eles foram ganhando espaço nas festas universitárias de Goiânia e em alguns bares da cidade. “Estudávamos na mesma escola. Como tínhamos amigos em comum, começamos a tocar juntos – primeiro em festas da escola, resenhas de amigos e conhecidos; depois, fomos para bares e festas maiores”, explica Lucas, vocal do grupo. 

Veja abaixo a entrevista.

Se preferir, leia abaixo o conteúdo na íntegra.

Pagode nem sempre era o estilo preferido por todos – Lucas mesmo sempre gostou de rock. “Sempre gostei do estilo alternativo da cidade, aquela pegada mais indie rock. Como os meninos gostavam de um pagode, fui me acostumando com o estilo até gostar”, revela o artista. Assim como Lucas, o restante do grupo admite que o gênero musical combina bastante com as tradicionais ‘resenhas’ de universitários, o que atraiu todos para o som. “Gostamos de ser sentar em uma varada calma e tomar uma bem geladinha. Mesmo parecendo um estilo carioca, adaptamos para o ‘jeitinho’ goiano”, conta Leandro. 

Foi com essa paixão pela gelada (cerveja), que surgiu o nome do grupo. “‘Levemente sensual’ é aquele estado quando estamos bêbados, mas ainda não passamos vergonha. É aquele momento antes de ficar zonzo e começar a quebrar as coisas, passar mal e dar trabalho. É uma malemolência, que fica sensual, um levemente sensual”, revela Lucas. Segundo Tales, o nome caracteriza bastante o grupo. “Sempre fomos tímidos, e isso é um problema para fazer amizades ou até mesmo chegar em alguém. É bem mais fácil, quando tem uma música, um ambiente agradável e estamos bebendo uma. O Levemente Sensual ajudou muito na quebra da timidez e em novas relações pessoais”, conta o artista. 

O grupo surgiu em 2015, e, com pouco menos de um ano de carreira, fez, no ano de 2016, 90 shows na cidade. E eles já se apresentaram em grandes palcos em Goiânia, como InterUFG 2016, um dos maiores eventos universitário do Centro-Oeste; InterPUC, Calourada da Liga das Engenharias UFG; Reveillón dos Esquecidos – além de grandes boates da Cidade como Villa Mix Goiânia, Sam’Bar Goiânia e Oásis Goianésia. “É muito bom ver como crescemos em pouco tempo. Confesso que não esperava muito, já que os maiores sucessos vêm do sertanejo. Isso mostra o quanto Goiânia é uma cidade diversificada em músicas e estilos. Goiás é do sertanejo, do rock e do pagode”, reforça Lucas.

O grupo lançou, recentemente o projeto Levemente Na Mente, um EP com cinco faixas autorais. “O nosso primeiro álbum conta com dez músicas do nosso repertório. A produção foi bastante rápida: como já tínhamos um rascunho das músicas, foi mais fácil colocar no papel”, explica Lucas. O músico revela que para a produção das músicas o Levemente Na Mente bebeu da mesma fonte que deu origem ao nome do grupo, ou seja, a cerveja. “Sempre quando estamos mais ‘sensuais’, surgem as melhores ideias para as músicas. Assim, temos que tocar para não esquecer da letra”, revela o segredo do grupo. Esse foi o caso da música Quem me Viu, Quem me Vê, gravada em 2018, que conta com mais de 100 mil streamings no Spotify.

Atualmente, os músicos estão trabalhando na gravação de um novo material de trabalho. “Estamos com novos projetos para este ano, como música e, quem sabe, um novo álbum, mas não podemos adiantar muito ainda”, conta o musico. 

*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob supervisão da editora Flávia Popov 

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