Gelada e versátil

Guilherme Melo

Uma das coisas que combinam com o goiano – pelo menos para muitos – é a cerveja. Seja na praia, no bar, em um clube ou em qualquer lugar que permita beber uma gelada, tranquilamente, a cerveja é uma das ‘marcas registradas’ do Estado. Mas o que muitos não sabem é que ela não serve apenas para refrescar no calor e tornar alguns hábitos sociais mais fáceis. Consumida com bastante moderação e com alguns pratos, a cerveja possui uma série de benefícios interessantes para a saúde. 

Segundo uma pesquisa publicada em junho de 2018 no American Journal of The Medical Sciences, a fermentação de cereais ajuda a reduzir o risco de doenças cardíacas e melhorar a saúde do cérebro. Isso porque a cerveja apresenta mais proteínas e vitaminas do que o próprio vinho – além de ser rica em antioxidantes que combatem os radicais livres que prejudicam as células e causam doenças como aterosclerose e câncer.

Para a nutricionista Laís Siqueira, a cerveja apresenta uma variedade de benefícios contra as doenças cardíacas e para melhorar a atividade cerebral. “É claro que esses benefícios só são válidos em consumo moderado. O ideal seria um copo de bebida por dia, para mulheres, e dois, para homens, para alimentos naturais ou cozidos”, revela a nutricionista. Mesmo com as vantagens, Laís alerta dos perigos do consumo exagerado. “As pessoas devem tomar cuidado com as quantidades acima das recomendadas, pois podem resultar em danos ao fígado, doenças cardíacas e ganho de peso, além de prejuízos sociais” orienta.

Festival de cerveja 

A paixão dos goianos pela cerveja se materializa de diversas maneiras – inclusive em forma de eventos –, e o festival Piribier é uma opção. E sua  9ª edição começa nesta quinta-feira (20) em Pirenópolis. O evento apresenta mais de 200 rótulos de cervejas de Goiás, do Distrito Federal, da Alemanha, dos EUA e de outros países – além de shows de rock, degustações e harmonizações. “O povo pegou gosto não só pela degustação das cervejas artesanais, mas também quis aprender a analisar e harmonizar as bebidas”, comenta o organizador do evento, Ricardo Trick.

Segundo o organizador, ao longo desses anos o festival contribuiu para a formação de um público consumidor, processo que ainda se desenrola não apenas em Goiás, mas em todo o Brasil. “Assim que começamos, as pessoas só conheciam as chamadas ‘cervejas claras’. Depois, apresentamos as cervejas de trigo e India Pale Ale (IPA), com sabor mais amargo. Com isso, perceberam que existe um universo de cervejas a ser explorado. Há quase 200 estilos, e, pensando que cada cervejaria pode desenvolver suas variações dentro de cada um deles, é uma infinidade a ser explorada ”, comenta. 

(Guilherme Melo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação da editora do Essência, Flávia Popov)