Goiana expõe sua arte na Europa

Míriam Leonel, que usa arte para abordar questões humanitárias, inicia tour por suas mostras

Postado em: 20-06-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Míriam Leonel, que usa arte para abordar questões humanitárias, inicia tour por suas mostras

SABRINA MOURA

A artista plástica goiana Míriam Leonel inicia, nesta quinta-feira (20), um tour pelas mostras de suas obras, que estão expostas nos países europeus: Vaticano, Itália, Alemanha, Portugal, Itália, França, Portugal, Itália e Suíça. Estão previstas, ainda, mostras na Suíça e no Vaticano. O tema abordado são os Anjos Barrocos – com uma leitura intimista e voltada para causas sociais. 

A arte começou muito cedo na vida de Miriam, que sempre se preocupou com causas humanitárias. “Minha arte barroca brasileira é uma inspiração divina. Já pintei, ao vivo, em vários congressos internacionais para leilões humanitários”, conta ela.

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Dentro dessa proposta de ajuda humanitária e defesa da paz, Míriam já expôs – e tem obras espalhadas – pelo mundo afora, inclusive gravuras que são oferecidas em lojas de arte popular. “Quando eu pintei meu primeiro anjo da paz, ele foi convidado para ser exposto na sede das Organizações das Nações Unidas (ONU), no ano de 2006, com dois milhões de assinaturas. Na sequência, participei da Conferência Internacional pela Paz, em Jerusalém, onde nasceram os Anjos do Holocausto”, relembra a artista. 

Com o que viu e vivenciou sobre o drama judaico, Míriam Leonel produziu as obras Anjos do Holocausto e Anjos da Paz de Israel, que lhe renderam menção honrosa da galeria Art & Art de Brasília, reconhecida no meio artístico nacional. Também o Museu do Holocausto, na cidade de Curitiba, encomendou obras da artista para sua exposição permanente. Dentre suas obras, também estão Anjo de Uma Asa Só, Etnias e Anjos da Paz, bastante elogiadas por onde passam.

Trajetória

A carreira de Miriam Leonel começou quando ela, após passar toda a infância em Brasília, decidiu estudar artes na Escola de Artes Hp – Casa das Artes da Capital Federal, na qual lapidou com técnica seu talento natural para o desenho, a pintura, e passou a conhecer mais sobre a história das artes clássica e contemporânea. De tudo o que conheceu, se embrenhou pelo barroco mesclado ao realismo, mas com um viés intimista e criativo. O resultado dessa miscelânea são obras com técnica apurada, mas bem marcadas pela criatividade da artista. 

Porém, mas do que artística, Miriam teve uma visão empresarial e, diante da demanda de seus trabalhos resolveu estudar a reprodução de imagem segundo a técnica Giclle, que é a pintura canvas sobre o papel, o que ajudou a popularizar ainda mais suas imagens.

Paz e auxílio

Desde 2006, com o advento da ONU, Míriam viaja pelo mundo em mostras e exposições nacionais e internacionais. Nesse tempo, produziu, ainda, obra sobre arte que foi registrado pela Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. Com isso, mais convites surgiram – como a exposição na sede do Bando do Uruguai, na Casa Portuguesa e em 2018, uma mostra na Alemanha. Essa exposição, em específico, teve fundos foram revertidos para o tratamento de crianças com sequelas físicas e emocionais no pós-guerra. No ritmo da doação, Miriam já entregou suas obras impressas para a bibliotecas e telas para exposições permanentes, como a do Vaticano que tem em seu acervo um de seus exemplares.

Idas e vindas da Europa despertaram o interesse da curadora de arte, baronesa norueguesa Giselda Salbu, da Artcom Expo, que tem levado o nome da goiana a inúmeras mostras e eventos humanitários de arte. No Brasil, passou a fazer parte da Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura (Abraci) e é a franca favorita a ser indicada para ocupar uma das cadeiras da Academia Brasileira de Belas Artes, com resultado a ser divulgado ainda esse ano.

De volta a Goiânia, depois de morar quase a vida toda em Brasília e, recentemente, Maceió (Alagoas), Míriam retorna ao seu estado natal, onde pretende dar continuidade à sua carreira e buscar novas inspirações para produzir suas obras. Ela já está em contato com os espaços locais, e esclarece que faz parte de sua meta, para este ano ainda, apresentar sua arte também para seus conterrâneos de Goiás. 

(Sabrina Moura é estagiária do jornal O Hoje sob orientação da editora do Essência, Flávia Popov)

 

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