Ópera ‘O Barbeiro de Sevilha’ é apresentada, hoje, no Teatro Sesi

Segundo o maestro titular da Orquestra Sinfônica de Goiânia, Eliseu Ferreira, essa é uma das obras mais famosas do repertório operístico

Postado em: 02-07-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Segundo o maestro titular da Orquestra Sinfônica de Goiânia, Eliseu Ferreira, essa é uma das obras mais famosas do repertório operístico

Sabrina Moura

A Orquestra e o Coro Sinfônico de Goiânia apresentam, nesta terça-feira (2) e quarta-feira (3), às 20h no Teatro Sesi, uma versão ‘meia cena’ da ópera O Barbeiro de Sevilha, do compositor italiano Gioacchino Rossini (1792-1868), sob a regência do maestro italiano Alessandro Sangiorgi. A apresentação encerra o Festival de Ópera de Goiânia (Fogo).

Segundo o maestro titular da Orquestra Sinfônica de Goiânia, Eliseu Ferreira, essa é uma das obras mais famosas do repertório operístico. “É uma ópera muito engraçada, cômica, e a sua música tem uma mágica. Além da história, a música é muito divertida e gostosa. É a primeira vez que ela é apresentada em Goiânia, sendo muito importante para a cultura da cidade, dentro de um festival como o Fogo; é uma apresentação adequada para o encerramento do evento”, diz.

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O elenco também é composto por talentos regionais como Hudson Ayres (Conde), Gustavo Rocha (Basílio), Natália Afonso (Bertha) e Alexandre Vaz (Fiorello) – além de grandes nomes do canto lírico nacional como Douglas Hahn (Fígaro), Daniel Germano (Bartolo) e Luciana Bueno (Rosina). Alessandro Sangiorgi, maestro italiano radicado em Curitiba, é uma das maiores autoridades em ópera no Brasil. 

Para Eliseu, a importância do trabalho conjunto entre o coro, a ópera, os solistas e o regente é de uma empatia e aceitação imediata: “Apesar de existir um preconceito criado de quem às vezes nunca foi a uma ópera, o que temos presenciado nos espetáculos é que o pessoal que vai, em maioria pela primeira vez, sai encantado com a ópera – um gênero que tem várias linguagens artísticas ao mesmo tempo e mexe com as emoções. A música, a atuação, a iluminação, o visual são uma multilinguagem que agrada muito”.

Obra

A obra de Rossini, uma das mais conhecidas de todos os tempos, estreou em 1816. Com libreto do escritor italiano Cesare Sterbini, é inspirada numa peça homônima do francês Pierre Beaumarchais. O Barbeiro de Sevilha conta a história de Fígaro, um barbeiro que faz de tudo na sua cidade: arranja casamentos, ouve confissões e espalha boatos. Fígaro desta vez resolve ajudar o Conde Almaviva a conquistar a jovem Rosina, mas Almaviva não quer que ela saiba que ele é um conde.

Rosina, por sua vez, é pupila de um velho médico, D. Bartolo, que tem planos para se casar com sua protegida, mas ele está de olho mesmo é na fortuna dela. Bartolo mantém Rosina confinada em casa, acompanhada da criada Berta, e, por vezes, do Don Basílio, professor de música. O que será que o Conde e Fígaro irão aprontar para vencer todas essas barreiras para que Almaviva finalmente consiga se casar com Rosina?

O festival

O Fogo é uma realização da Prefeitura de Goiânia em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG), tendo como correalizadores o Governo de Goiás e o Teatro Sesi. O objetivo é promover a arte lírica em Goiânia, por meio de ações de formação e difusão artísticas, oportunizando ao público o acesso a espetáculos operísticos de qualidade, combinando, no palco, os talentos locais junto a grandes nomes do canto lírico no cenário nacional. 

Eliseu acredita que esse é um festival que veio para ficar. “Ele mostrou uma viabilidade e que existe o interesse muito grande por parte do público. Além disso, nós temos, aqui, os facilitadores para realizar o festival – como as orquestras, o coro, a universidade, que possui o curso de canto e alunos com uma tradição de canto lírico. É um festival que engrandece a cidade, feito para a população com o desafio também de alcançar além dos locais tradicionais, deixando marca de um acesso facilitado, com divulgação na periferia e locais alternativos, como igrejas e escolas”, finaliza o maestro.

O Fogo atua na busca de ferramentas institucionais, políticas e artísticas para se tornar uma ação anual permanente, dando subsídios para que os cantores líricos, aqui formados, possam desenvolver sua arte, mostrando qualidades e potenciais ao público. O Estado tem se destacado pela sua tradição de exportar grandes cantores líricos para outros centros do Brasil e do exterior.

(Sabrina Moura é estagiário do jornal O Hoje sob orientação da editora do Essência, Flávia Popov)

SERVIÇO

Ópera ‘O Barbeiro de Sevilha’

Quando: terça-feira (2) e quarta-feira (3) às 20h

Onde: Teatro Sesi (Avenida João Leite, nº 1.013, Setor Santa Genoveva – Goiânia)

Entrada: doação de 2kg de alimentos ou 1 livro literário (a entrada somente será permitida mediante apresentação do ingresso, que deve ser retirado antecipadamente) 

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