Arraiá do Cerrado vai até este domingo

Sabrina Moura

Em sua 8ª edição, o Arraiá do Cerrado, que teve início na sexta-feira (5), segue com programação, no sábado (6) e no domingo (7), no Buriti Shopping. A entrada é gratuita.

Na programação, estão os grupos Raízes de Goiás; Arrasta Pé; Mandacaru; Paixão Goiana; Capim Canela; Grupo Viva; Tradição e Ritmo; Aconchego; e Filhos do Sertão. Segundo o organizador do evento, Frederico Costa, o Arraiá do Cerrado é um evento muito importante para a cultura goiana, pois resgata tradições dos festejos juninos, reunindo os principais grupos de quadrilhas do Estado. “É uma festa que atraiu, nas sete  edições anteriores, mais de 200 mil pessoas. Neste ano, temos o diferencial de ser realizado em Aparecida de Goiânia”, destaca.

O vice-presidente da Associação Cultural da Quadrilha Junina Arriba Saia, que se apresentou na sexta-feira, Geordano Rodolfo, ressalta que a importância de se evidenciar a tradição das quadrilhas juninas é algo relevante para todas as idades, porque é uma cultura brasileira que precisa ser resgatada e, ao mesmo tempo, ser mantida. “Nós construímos e tratamos o movimento junino, de uma forma diferente, saindo do real para o imaginário; trabalhamos temas e enredos que diferencia do que é o tradicional”, explica ele. “O Arraiá do Cerrado incentiva, há muito tempo, os grupos a se manterem vivos; mantém a competição, a tradição do que é fazer uma quadrilha estilizada. Isso é muito importante, porque os grupos de quadrilha sobrevivem através dos eventos e de quem contrata, e o Arraiá do Cerrado tem uma importância enorme em relação a isso”, completa ele.

Para Geordano, essa cultura deve ser acessível ao público, porque ela é o pilar da nossa constituição. “Tudo que envolve quadrilha junina, na minha opinião, deve ser gratuito para o público, porque daí todos frequentam, sendo uma festa da família”, conta. “Nas apresentações, nós trazemos alegria e emoção. Neste ano, trabalhamos sobre o tema Máquina da Vida. Falamos sobre o pulsar do coração, a depressão, a solidão e o que você tem feito para jogar para bem longe a solidão”, finaliza o vice-presidente sobre o que os grupos fazem para se diferenciar em cada apresentação.

No Arraiá do Cerrado, o público pode encontrar cerca de 20 estações de comidas e um bar central. Dentre os pratos típicos, há pamonha, chica doida, caldos, cachorro-quente, maçã do amor, doces sortidos e jantinhas. Há, também, brinquedos e brincadeiras com as crianças – além de atrações musicais.

(Sabrina Moura é estagiária do jornal O Hoje sob orientação da editora do Essência, Flávia Popov)