‘Paulo Henrique deixa um legado para o jornalismo do País’

Jornalista faleceu na madrugada de ontem (10). A causa teria sido infarto fulminante

Postado em: 11-07-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Jornalista faleceu na madrugada de ontem (10). A causa teria sido infarto fulminante

O Brasil perde mais um de seus exímios jornalistas. Paulo Henrique Amorim morreu na madrugada de quarta (10) no Rio de Janeiro. A informação foi divulgada pela TV Record, emissora onde trabalhava desde 2003. Sua trajetória profissional foi destacada nesta manhã pelo jornalista André Azeredo, que apresenta o programa SP no Ar.

“É com muita tristeza que a gente noticia a morte de um dos maiores jornalistas da história desse País. Morreu nessa madrugada Paulo Henrique Amorim. Ele estava no Rio de Janeiro. Paulo Henrique trabalhava aqui na Record, desde 2003, e deixa um legado para o jornalismo do País”.

De acordo com a emissora, o jornalista teria saído para jantar com amigos, na noite de terça-feira (9), e teria infartado quando retornou à sua casa. Aos 76 anos, ele deixa uma filha e a esposa, também jornalista, Geórgia Pinheiro.

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Paulo Henrique construiu uma carreira que vai do jornalismo impresso ao televisivo. Atuou como correspondente internacional, em Nova Iorque, nas revistas Realidade e Veja. Na televisão, passou pela extinta Manchete, pela Globo, Bandeirantes e TV Cultura.

Contratado pela Record em 2003, ele assumiu na ocasião a apresentação da edição noturna do Jornal da Record. Posteriormente, foi deslocado para o programa Domingo Espetacular. No fim do mês passado, ele foi afastado da atração após 14 anos no seu comando. Na ocasião, a emissora anunciou o nome de novos apresentadores como parte de uma reformulação do seu jornalismo, e afirmou que Paulo Henrique Amorim não seria demitido, ficando à disposição para novos projetos.

Paralelamente, o jornalista também editava o Conversa Afiada, um site focado na cobertura política do País que ele criou, inicialmente como um blog, em 2008. A notícia de sua morte repercutiu nos meios profissional e político.

“Os jornalistas brasileiros acordaram, hoje (10), com uma triste notícia: a morte por infarto do jornalista Paulo Henrique Amorim. É uma perda para o jornalismo. Além de atuar na Record, ele também atuava no jornalismo independente, com seu site Conversa Afiada, e estava fazendo um trabalho interessante, porque suscitava o debate e a crítica. Vai fazer falta”, lamentou Maria José Braga, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas.

Homenagens

O nome do jornalista esteve entre os assuntos mais comentados do Twitter. O jornalista e escritor Mário Magalhães escreveu, em seu perfil, que Paulo Henrique Amorim foi um jornalista corajoso, e compartilhou um de seus discursos. “Reverencio sua memória com um vídeo dele, de dezembro de 2017, em defesa da liberdade de expressão”. 

“Morreu o Paulo Henrique Amorim, recentemente dispensado do Domingo Espetacular.” (Rosana Hermann).

“Na minha humilde opinião, o Tudo a Ver, comandado por Paulo Henrique Amorim e Janine Borba, com participação de vários colunistas, foi o melhor jornalístico da Record.” (Chico Barney).

“Triste e estupefato com a notícia. PHA era uma grande figura. Uma perda imensa pro jornalismo brasileiro. Minha solidariedade aos amigos e familiares.” (Lindbergh Farias).

“Enorme perda para o jornalismo brasileiro. Profissional importantíssimo na defesa da democracia e na luta por direitos em nosso país. Minha solidariedade aos amigos e familiares.” (Rodrigo Agostinho).

“A perda de Paulo Henrique Amorim representa vazio difícil de ser preenchido no espaço de debate que deve ser a mídia. As discordâncias dele em relação a outras correntes de pensamento eram enriquecedoras para o debate e a democracia. Sua contribuição para esse debate segue viva! (Rodrigo Agostinho).” (Ciro Nogueira) 

“Recebi com tristeza a notícia da morte de Paulo Henrique Amorim. Exemplo de profissionalismo, coerência e dedicação à democracia. Perda irreparável q nos deixa um pouco órfãos. Solidariedade à família e amigos. Força p prosseguirmos no caminho da liberdade que ele sempre trilhou.” (Jandira Feghali).

“Paulo Henrique Amorim foi, acima de tudo, um repórter.” (Eduardo Ribeiro).

“Perdemos não apenas um profissional perspicaz e criativo, mas um crítico fundamental para o jornalismo brasileiro. Paulo Henrique Amorim deixa seu legado e sua trajetória se perpetuará. Que Deus seja o consolo para a família e amigos. Descanse em paz e q a luz perpétua o ilumine.” (Padre Reginaldo Manzotti)

O jornalista foi velado na Associação Brasileira de Imprensa, no Centro do Rio. Até o horário de fechamento desta edição, a informação apurada foi de que o corpo seria cremado no Cemitério do Caju, também na capital carioca. (Redação de O Hoje com Agência Brasil)

 

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