Resgatando a magia da savana

Remake de ‘O Rei Leão’ estreia, nesta quinta-feira (18), com a jornada do Simba até o trono da selva

Postado em: 18-07-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Remake de ‘O Rei Leão’ estreia, nesta quinta-feira (18), com a jornada do Simba até o trono da selva

Guilherme Melo

Depois de Vingadores: Ultimato, O Rei Leão é a estreia mais aguardada de 2019. O filme entra em cartaz, hoje (18),  já sendo um dos filmes mais aclamados deste ano. Com o objetivo de atender a nostalgia do público, o novo live action da Disney consegue quebrar os antigos moldes dos remakes. Sob a direção de Jon Favreau, o maior desafio foi escalar um elenco que superasse o anterior, além das atualizações no texto, que é inspirado em Hamlet, de William Shakespeare. 

Para O Rei Leão, a transição de animação para live action foi algo mais complicado, porque exigiu que seus animais de imagens geradas por computador (CGI) fossem convincentes, o que não foi necessário em Mogli. Favreau aposta cada vez mais no deslumbre, com detalhes da natureza em uma riqueza de texturas que era impossível no filme de 1994. Mas só o deslumbre não sustenta o filme. Dos remakes da Disney, talvez este seja aquele em que o serviço da dramaturgia mais depende da nostalgia para funcionar. Sabendo disso, o diretor realizou pequenas mudanças, sem desconstruir o original. “O texto não muda demais, é atualizado em questões mais sensíveis, por exemplo, quando Simba pergunta se o reino será seu, e Mufasa responde que o reinado é ‘uma responsabilidade, não uma posse’ – em momentos mais leves como no segmento da floresta, agora sustentado em piadas autorreferentes”, adiantou Favreau, na coletiva de imprensa realizada na pré-estreia do filme em Londres.

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Já a seleção de canções é refeita na base do prestígio de Beyoncé, que dá voz a Nala, e Donald Glover, que incarna o príncipe Simba. O resultado é o que se esperaria dessa mistura de grandes artistas da atualidade. O Rei Leão percorre como se fosse um grande experimento mágico. A versão de Jon Favreau para o clássico pode ter a maior abertura para um remake da Disney. Segundo o site Box Office Pro, a expectativa é que o longa arrecade entre US$ 180 e US$ 230 milhões, em seu primeiro fim de semana, superando o recorde do live action de A Bela e a Fera, que fez US$ 174 milhões em 2017.

 

Novidades do live action  

Com exceção de James Earl Jones, que dá a voz ao rei Mufasa, todos os personagens são dublados por novos atores. Grandes nomes do cinema e da música formam o elenco do live action. Os protagonistas Simba e Nala são interpretados, agora, por Donald Glover, que também tem carreira musical assinada como Childish Gambino, e Beyoncé.  Já a dupla Timão e Pumba fica por conta dos humoristas Billy Eichner e Seth Rogen, que prometem roubar a cena. Alfre Woodard, John Oliver e Chiwetel Ejiofor são alguns dos outros nomes que representam alguns dos personagens mais conhecidos da Disney.

O filme manteve os clássicos da trilha sonora escrita por Elton John, porém assim como as vozes dos personagens, as canções agora são cantadas pelos. A versão brasileira também ganha músicas com versões atualizadas, aqui cantadas por Iza e Ícaro Silva, que também dublam os leões principais. Além de novas versões, a trilha sonora conta com duas novas músicas. Uma delas é Spirit, com composição de Beyoncé, que já anunciou um novo álbum inspirado em O Rei Leão e em som próprios da África. 

O novo live action segue o formato dos blockbusters atuais, sendo um pouco mais longo que a animação original. Com quase 30 minutos a mais, o roteiro apresenta uma maor ambientação da floresta e um tempo maior para o desenvolvimento de Simba. 

Mesmo mantendo os mesmos personagens de 1994, Favreau alterou alguns nomes para deixar mais regional o filme. Duas das três hienas que trabalham com Scar agora são chamadas Kamari e Azizi. Shenzi continua a mesma, mas Banzai e Ed ganharam nomes apropriadamente africanos, cuja escolha não foi aleatória: os nomes têm significados que combinam com a personalidade dos personagens. Shenzi significa “feroz”, Kamari é “forte” e Azizi é “luar”.

(Guilherme Melo é estagiário do jornal O Hoje sob orientação da editora do Essência, Flávia Popov) 

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