Um debate sobre desafios da produção cultural

3º Seminário Goiano de Produção Cênica que começa hoje (10), e traz produtores e gestores para discutir as atuais políticas públicas culturais no estado.

Postado em: 10-10-2019 às 07h10
Por: Elysia Cardoso Ferreira
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3º Seminário Goiano de Produção Cênica que começa hoje (10), e traz produtores e gestores para discutir as atuais políticas públicas culturais no estado.

Elysia Cardoso

Buscando estabelecer um debate sobre as
políticas públicas culturais e demais assuntos sobre a produção cênica em
Goiânia, o 3º seminário Goiano de
Produção Cênica (Sgpc),
se inicia nesta quinta-feira (10). O intuito do
seminário é informar sobre a importância do produtor na cena cultural e
artística do estado de Goiás. O evento que segue até esta sexta-feira (11), das
9 às 21 horas, no Teatro Escola Basileu França oferece um ambiente de aprimoramento
e troca de experiências. Com o objetivo principal de informar sobre as inúmeras
experiências de produtores locais e nacionais, dentro da cena artística e
cultural.

O seminário surgiu devido ao curso de Produção
Cênica do Itego em Artes Basileu França,que 
completa este ano seis anos de existência. Para o professor de produção
cênica e coordenador do seminário Juliano Silvestre, no decorrer dos últimos
três anos, ouve a necessidade de um debate sobre as idéias e ações sobre o
mercado cultural de Goiás. Segundo Juliano,
a produção em Goiânia se propaga principalmente de forma independente, então o
intuito do evento é despertar novos meios de produções, sem a necessidade de
verbas publicas. “O intuito desta 3ª edição do seminário é estimular em nossos
alunos e produtores. Além de trabalhar formas de exercer uma produção cultural
sem as políticas públicas de maneira mais empreendedora”, comenta Juliano
Silvestre.

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Um dos temas norteadores abordado no seminário
é sobre ‘Como produzir frente ao enfraquecimento das políticas públicas culturais’.
De acordo com o coordenador, esses novos meios de empreender na produção
cultural servem como inspiração para as atividades deste ano no seminário. “As novas formas de se fazer produção cultural
em Goiás, são voltadas para uma parceria entre as empresas e o mercado, a
escolha do tema é justamente para encontrar novas ferramentas de produções, por
meio do marketing cultural, na tentativa de superar o enfraquecimento das
políticas públicas”, informa o coordenador.

O primeiro dia de seminário conta com a
presença do gestor de projetos Décio Coutinho em sua palestra, que está
prevista pela manhã, debate sobre questões do cenário cultural da atualidade e
estabelece um paralelo sobre questões futuras. “A proposta é informar e
contextualizar sobre o atual momento, e como se deve atuar com a cultura, já na
intenção de preparar novas alternativas para um futuro promissor nessa área”,
comenta o gestor Pós-graduado em Gestão e Políticas Culturais, pela
Universidade de Girona-Espanha. Segundo ele a importância de trazer a tona
esses debates se deve a informação e a criatividade dos goianienses, visto que,
segundo ele, o Estado tem uma produção de destaque no cenário cultural. “Goiás é
destaque nacional e internacional nas áreas de cultura e produção cênica,
debates como este oferecem muitas possibilidades para a carreira, transformando
vidas e oferecendo melhores
oportunidades na arte e na cultura”, comenta Décio Coutinho.

Mercado em ascensão

O futuro da produção cênica em Goiânia
pode ser considerado promissor, segundo dados do Instituto Mauro Borges de
Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), desde o inicio do curso superior
de Produção Cênica do Itego em Artes Basileu França em 2013 ao ano de 2016
(data da ultima apuração). Teve um acréscimo de 116 produtores formados com
vinculo empregativo no mercado de trabalho goiano. “Nesses seis anos de curso
já foram formadas três turmas, somando um total de setenta profissionais já
ingressados no mercado de trabalho na área de atuação do poder público ou
empreendendo no segmento”, cita o coordenador do curso de produção cênica do Itego
em Artes Basileu França, Juliano Silvestre.

Programação  

Quinta-feira (10)

– 1º Credenciamento e Coffee Break

– Abertura Oficial–Diretora do ITEGO
em Artes Basileu França, Prof. Me. Lóide Magalhães, Representante do Cegecon e
Pedagógico do ITEGO

– Palestra – Décio Coutinho

– Debate com José Loures“O
artista/pesquisador: Os espaços [in] apropriados para a Arte” Mediação: Profº
Luís Guilherme e Walkenes Lagares

– Atividades dentro do Teatro –
Oficina: Reduções no espaço cênico – Experiências Cênicas no Teatro Basileu
França – Coordenação: Profº Luís Guilherme

– 2º Credenciamento e Coffee Break

– Mesa-Redonda 1: “A produção Musical
no estado de Goiás”. Debatedores: Produtor Cênico Paulo Rolim e músico
Carlinhos PO Box – Mediação: Profº Ney Couteiro

– Roda de Conversas

– Voz e violão com Carlinhos PO Box

Sexta-feira (11)

– Coffee Break

– Mesa-Redonda 2: “O contexto atual da
produção cultural em Goiás” Debatedores: 
Produtores Claudinha Fernandes, Fernanda Fernandes e João Lucas
Mediação: Prof. Rafael Blat

– Roda de Conversas

– Intervalo- Almoço

– Atividades dentro do Teatro –
Oficina: Reduções no espaço cênico – Experiências Cênicas no Teatro Basileu França
– Coordenação: Profº Luís Guilherme

– Performance com o palhaço Sapeca

– Mesa-redonda 3: “Os desafios e
oportunidades dentro da produção circense em Goiás”. Debatedores: Maneco do
Circo Laheto e Palhaço Bulacha. Mediação: Prof. Adriana Brito e Allan Lourenço

– Roda de Conversas

(Elysia Cardoso é estagiária do jornal O Hoje, sob
orientação do editor 
Lucas
de Godoi)

 

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