Salgadinho “frito” é snack querido na Índia, confira
Uma antiga prática de snacks preparados em tachos de areia começou a viralizar nas redes. Essa técnica é ainda muito comum na Índia e alguns países vizinhos, como o Paquistão.
Por: Julia Kuramoto
Uma antiga prática de Salgadinho frito, preparado em tachos de areia e muito querido na Índia, começou a viralizar nas redes. Essa técnica é ainda muito comum na Índia e alguns países vizinhos, como o Paquistão.
O indiano Saurabh Shah, de 38 anos, é desenvolvedor na área de TI que mora no DF desde 2017. Ele conta que se lembra de quando se deliciava com esses salgadinhos pelas ruas de Mehsana, no estado de Gujarat, onde viveu sua infância e adolescência.
Sendo assim, onde vivia Saurabh, chamava-se o lanche de Fryums (pronuncia-se Fra-yum-s). Ao redor do país, entretanto, ganha outros nomes, como Far Far e Bobby. Embora possa ser frito no óleo quente, ou numa air fryer, até mesmo hoje é preparado em areia quente.
“Pode se encontrar perto das escolas, pois as crianças adoram, e também em lugares públicos, ruas famosas e movimentadas da cidade e pontos turísticos. Ou comprado cru para fazer em casa”, conta Saurabh.
Ademais, o indiano diz que o seu preferido é o Bhungla, que lembra um cano, mais alongado. Porém, existe em vários formatos, como rodas, telas, estrelas, e imitando batata chips. Além disso, o aperitivo é barato, em torno de R$ 0,50, e vendidos por peso ou quantidade.
“Depois de frito, coloca sal e páprica picante por cima. É uma delícia. Deu até saudade e vontade de comer”, relata o desenvolvedor.
Otávio Albuquerque, um dos fundadores do canal de YouTube Conhecimentos da Humanidade, viajou para Jaipur, onde documentou para seu perfil no Instagram, sua experiência com o petisco,
“Salgadinho, crocante: delicinha arenosa”, diz.
Como funciona
Apesar de não serem todos os ingredientes que podem ser submetidos a esse processo, a lista não é pequena. Portanto, é possível “fritar” todo alimento que contenha ou seja à base de amido e farinhas – de milho, de batata, de mandioca e araruta, entre outros -, desde que seco.
“No caso dos snacks, é feita uma pré-cocção da massa, que depois é desidratada. Mas sempre fica um pouco de umidade residual. Quando ocorre o contato com a areia quente, essa água residual é aquecida e o alimento acaba pururucando”, explica o chef Fred Caffarena.
Sendo assim, a fritura faz-se com areia fina, colocada em uma chama ou panela de metal. Visto que os grãos têm tamanho reduzido, distribui-se facilmente a temperatura uniformemente entre eles.
Logo, quando aquecida, a areia atinge temperatura bastante alta.
“Isso faz com que o alimento se expanda”, explica Andréia Lange de Pinho Neves, engenheira de alimentos.
