Estudo: uso de maconha na gravidez pode reduzir crescimento do bebê

Pesquisadores dos Estados Unidos realizaram um estudo que aponta que o uso da cannabis (maconha) durante a gestação pode impactar o desenvolvimento do feto.

Postado em: 16-05-2023 às 15h56
Por: Julia Kuramoto
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Foto: Freepik

Pesquisadores dos Estados Unidos realizaram um estudo que aponta que o uso da cannabis (maconha) durante a gestação pode impactar o desenvolvimento do feto. Desse modo, o hábito atingiria a circunferência da cabeça do bebê, entre outras coisas. Os resultados da pesquisa saíram nesta terça-feira (16), na revista Frontiers in Pediatrics.

O estudo baseia-se em análises anteriores, que demonstram uma forte ligação entre uso de maconha e o tamanho – reduzido – do recém-nascido.

“Os déficits de tamanho se registraram maiores entre os recém-nascidos expostos à maconha durante a gestação”, disse Beth Bailey, professora e autora sênior do estudo. Beth é também diretora de pesquisa de saúde populacional na Central Michigan University.

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Sendo assim, os bebbês nascidos de mães que consumiram maconha durante toda a gravidez registraram um peso de quase 200 gramas a menos e uma circunferência da cabeça quase um centímetro menor, quando comparados a bebês não expostos.

“Essas descobertas são importantes, pois o tamanho do recém-nascido é um dos mais fortes preditores de saúde e desenvolvimento infantil posterior”, afirmou Phoebe Dodge, primeira autora do estudo.

Padrões de uso

Ademais, as descobertas ainda incluem informações a respeito dos padrões de uso de cannabis ao decorrer da gravidez. De acordo com a pesquisa, até mesmo o uso ocasional – como para alívio do enjoo matinal do primeiro trimestre – pode inibir o crescimento fetal, semelhante ao uso contínuo.

O mesmo vale para mulheres que usam maconha sem saber no início da gravidez.

Entretanto, uma das limitações do estudo é que os cientistas não foram capazes de obter informações sobre o quanto ou com que frequência os participantes usavam cannabis. Portanto, os resultados baseiam-se no dado se as mães usaram ou não em determinados momentos.

Agora, mais estudos são necessários para que se determine caso o tempo e quantidade de uso é mais importante no efeito do tamanho do recém-nascido.

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