4 teorias da conspiração compartilhadas por Elon Musk, dono do Twitter

Elon Musk é uma figura controvérsia e a discussão sobre o tipo de noticias que o bilionário compartilha começaram a ser questionadas depois que ele adquiriu o Twitter e se tornou a pessoa mais seguida da rede.

Existe uma discussão sobre Elon e suas interações calculadas com páginas da extrema-direita americana conhecidas por disseminar informações falsas. A BBC reuniu algumas noticias falsas e teorias da conspiração que Musk já propagou.

Tiroteio em massa no Texas

Após um tiroteio em massa que matou 8 pessoas em um shopping no Texas, foi descoberto que o autor do crime fazia parte de grupos neo-nazistas na internet, deixando comentários públicos no Youtube e seu perfil na rede social russa Odnoklassniki onde postava memes, discursos e ainda uma foto da tatuagem de suástica que fez. Os perfis eram abertos e foram investigados pela policia, por jornalistas além de uma investigação de código aberto pelo grupo Bellingcat.

Em seu Twitter, Musk chamou as descobertas feitas de “psypops”, um termo que se refere a uma prática de manipulação psicológica feita em guerra para fazer com que o inimigo haja ou pense de uma certa maneira. O termo é usado por grupos pró-armamento em teorias da conspiração que dizem que os ataques são orquestrados por autoridades para mudar a opinião pública sobre a posse de armas. Elon já tinha citado essa teoria em seus perfis algumas vezes.

As alegações foram feitas mais uma vez, dessa vez em uma entrevista para a CNBC. O milionário também disse que Odnoklassniki – uma das redes mais populares da Rússia com mais de 200 milhões de usuários cadastrados – é obscura e desconhecida.

‘Xamã do QAnon’

Elon Musk já defendeu as ações antidemocráticas de invasão ao Capitólio nos Estados Unidos após a derrota de Donald Trump publicamente repetidas vezes, uma das que a BBC trouxe destaque é a vez em que ele disse que um dos manifestantes foi sentenciado injustamente.

Jacob Chansley, conhecido por muitos apelidos após ter ficado conhecido pela internet dentre eles ‘Xamã do QAnon’ foi condenado a 41 meses de prisão pela justiça americana. Chansley é acusado por 6 crimes federais e assinou um termo concordando que a acusação de obstrução era verdadeira e precisa.

Para Elon, era injusto alguém ser condenado “por uma incursão não violenta e acompanhada da polícias”, teoria é baseada em um vídeo em que o acusado caminha com policiais nos corredores do congresso. O vídeo em questão está tirado de contexto além da existencial de outras imagens em que Jacob desobedece repetidamente ordens da policia além de levantar a voz para as autoridades.

Ataque a Paul Pelosi

Em 2022 Paul Pelosi, marido de Nancy Pelosy que era presidente da câmera na época, sofreu um violento ataque em sua residência executado por David DePape. Durante as investigação Musk divulgou diversas teorias da conspiração sobre o acontecido.

Dentre elas estava a de que David e Paul tinham um relacionamento homoafetivo ena verdade tudo se tratava de uma briga que aconteceu enquanto estavam babados. A teoria em questão só ganhou força após a divulgação do link no perfil de Elon no Twitter, a publicação era o link de um site conhecido por disseminar esse tipo de conteúdo desde 2016.

Após a repercussão da postagem, Elon Musk excluiu a publicação e pediu desculpas publicamente.

George Soros

Musk atacou publicamente o bilionário George Soros que contribui com o partido liberal e financia causas progressistas através de sua organização filantrópica.

Em um dos ataques Musk disse que Soros que as intenções de soros não são boas e que “ele quer destruir o tecido da civilização e odeia a humanidade” além de compara-lo com o personagem Magneto, vilão dos quadrinhos X-Men.

Algo que George Soros tem em comum com Magneto é o fato de que ambos sobreviveram ao holocausto. Além disso muitos apontaram o que Elon disse como conivente com a teoria nazista de que judeus querem controlar a sociedade.

Por mais que Elon Musk negue, as postagens foram consideradas antisemitas pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel e pela Anti-Defamation League, principal grupo de defesa dos judeus dos Estados Unidos.

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