Investigação aponta o governo russo como possível responsável pela “Síndrome de Havana”

A síndrome ganhou destaque a partir de 2016, quando diplomatas dos EUA em Cuba começaram a apresentar sintomas semelhantes

Postado em: 04-04-2024 às 13h07
Por: Cecília Epifânio
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Investigação aponta o governo russo como possível responsável pela "Síndrome de Havana" | Foto: iStock

Uma investigação de cinco anos apontou que o governo da Rússia pode estar por trás da misteriosa “Síndrome de Havana”, que afetou vários diplomatas americanos nos últimos anos. A síndrome ganhou destaque a partir de 2016, quando diplomatas dos EUA em Cuba começaram a apresentar sintomas semelhantes, levantando suspeitas de que não se tratava de uma mera coincidência.

Ao todo, mais de 1.500 casos de enxaquecas, náuseas, tonturas e perda de memória foram registrados em funcionários do governo americano em mais de 96 países. Agora, após uma longa investigação, veículos de imprensa dos EUA e Europa apontam para a agência de elite da espionagem russa como possível responsável.

Documentos sigilosos e outras evidências sugerem que armas sônicas podem ter sido utilizadas, o que coincide com relatos de diplomatas que afirmaram ter ouvido sons altos pouco antes de apresentarem os sintomas.

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O governo russo, por sua vez, negou veementemente as acusações. O porta-voz oficial afirmou que todas as acusações são infundadas e que não há provas concretas de que o país esteja envolvido na doença misteriosa.

Entretanto, vale ressaltar que este não é o primeiro caso de circunstâncias misteriosas envolvendo o governo russo. Entre casos de chás envenenados, quedas de sacadas, acidentes aéreos e mortes súbitas de opositores e agentes que colaboraram com os Estados Unidos, há um histórico de acontecimentos que levantam questionamentos sobre a conduta do governo russo em relação a seus opositores.

Diante dessas revelações, resta agora aguardar novos desdobramentos e aprofundar as investigações para esclarecer de uma vez por todas o mistério por trás da “Síndrome de Havana” e sua possível ligação com a Rússia.

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