Gigantes adormecidos: diferenciando vulcões inativos e extintos

Antes de começar essa incrível aventura pelos gigantes adormecidos (ou não), é importante entender o que são os vulcões em geral. Vulcões

Postado em: 15-05-2024 às 11h31
Por: Cecília Epifânio
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Gigantes adormecidos: diferenciando vulcões inativos e extintos | Foto: iStock

Antes de começar essa incrível aventura pelos gigantes adormecidos (ou não), é importante entender o que são os vulcões em geral. Vulcões são aberturas na crosta terrestre através das quais magma, gases e outros materiais são expelidos da Terra. Eles estão frequentemente localizados em áreas geologicamente ativas, como as bordas das placas tectônicas.

No interior de um vulcão se encontra a câmara magmática, uma reserva subterrânea de magma composta por rochas derretidas, gases e fragmentos de rocha. Quando a pressão do magma se torna excessiva, acontece uma erupção vulcânica, liberando uma grande quantidade de energia.

Existem vários tipos de vulcões, incluindo os vulcões em escudo e os estratovulcões. Os primeiros possuem uma forma ampla e suave devido ao magma fluido, enquanto os estratovulcões são mais íngremes, formados por camadas alternadas de lava endurecida e outros materiais vulcânicos.

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Além de sua importância geológica, os vulcões têm um papel crucial na ecologia, fornecendo nutrientes e criando novos habitats para várias formas de vida. No entanto, sua atividade pode representar riscos significativos para as comunidades próximas, necessitando de constante monitoramento e planejamento adequado.

Vulcões inativos vs. extintos

Os vulcões podem ser classificados segundo a sua atividade recente em duas categorias principais: inativos e extintos. Um vulcão inativo não teve erupções significativas por um longo período, mas ainda pode ser considerado potencialmente ativo, podendo entrar em erupção novamente. Esses vulcões apresentam crateras visíveis e evidências de atividade passada, como depósitos de lava solidificada.

Por outro lado, um vulcão extinto não demonstra atividade eruptiva há dezenas de milhares a milhões de anos e é considerado incapaz de entrar em erupção novamente devido ao bloqueio de sua câmara magmática. Estes vulcões geralmente têm características mais erodidas e podem estar cobertos por vegetação ou outros depósitos sedimentares.

A principal diferença entre vulcões inativos e extintos está no potencial de reativação. Enquanto os inativos ainda podem voltar a entrar em erupção, os extintos são geralmente seguros em termos de atividade vulcânica. A idade geológica também é um fator distintivo, com vulcões inativos sendo mais jovens e extintos, mais antigos.

Vulcões inativos e extintos pelo mundo

Exemplos de vulcões inativos incluem:

  • Mauna Kea (Havaí): O quarto vulcão mais antigo da ilha.
  • Nevado Ojos del Salado (Andes): Um dos vulcões mais altos do mundo.
  • Cerro Tronador (Andes): Conhecido pelos sons dos seus glaciares.
  • Volcán Cacho Negro (Costa Rica): Inativo há cerca de cem anos.
  • Monte Elbrús (fronteira Europa-Ásia): Sem atividade recente, porém geologicamente significativo.

Exemplos de vulcões extintos incluem:

  • Volcán Puntiagudo (Chile): Localizado na região dos Lagos.
  • Quimsachata (Peru): Nos Andes, inativo por um longo período.
  • Ilaló (Equador): Em Pichincha, sem erupções recentes.
  • Cabeza de Diamante (Havaí, EUA): Extinto e sem atividade há milênios.
  • Cerro Bonete Chico (Argentina): Inativo, situado em La Rioja.

Monitoramento e segurança

Os cientistas utilizam diversas técnicas para monitorar a atividade vulcânica e avaliar o potencial de reativação de vulcões inativos, incluindo sismógrafos, análise de gases e estudos geológicos. Com esses métodos, é possível detectar sinais de atividades magmáticas subterrâneas que possam indicar uma futura erupção, ajudando a mitigar os riscos associados.

Em resumo, tanto vulcões inativos quanto extintos são elementos vitais para a compreensão da história geológica da Terra. Eles oferecem um vislumbre dos processos dinâmicos que moldaram nosso planeta ao longo de milhões de anos e continuam a ser objetos de estudo para geólogos e vulcanologistas.

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