Aumenta uso de cartões, enquanto o de cheques cai

A realização de transações bancárias por meio de equipamentos móveis, como telefones celulares, também permanece em crescimento

Postado em: 11-07-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Aumenta uso de cartões, enquanto o de cheques cai
A realização de transações bancárias por meio de equipamentos móveis, como telefones celulares, também permanece em crescimento

Os consumidores pagaram R$ 674 bilhões com cartão de crédito e R$ 430 bilhões em transações com o cartão de débito, em 2016, com crescimento de 3% e 10%, respectivamente, em relação ao ano anterior. As Estatísticas de Pagamentos de Varejo e de Cartões no Brasil, referentes a 2016, forma divulgadas pelo Banco Central (BC).

Foram realizadas 5,9 bilhões de operações com cartões de crédito e 6,8 bilhões com cartões de débito, o que representa um aumento, em relação ao ano anterior, de 6% e de 5%, respectivamente.

O uso de cheque continua em trajetória de queda. Em 2016, foram realizadas 879 milhões de transações no valor total de R$ 2,259 trilhões, o que significa queda de 14% e 12%, respectivamente, em relação a 2015.

Continua após a publicidade

A realização de transações bancárias por meio de equipamentos móveis, como telefones celulares, permanece em crescimento. Em 2016, foram realizadas 16,7 bilhões de operações, o que representou 28% do total. Em 2015, essa participação estava em 19%. O principal canal de acesso continua sendo a internet, com a utilização de computadores pessoais, que representou, no período, 33% do total de transações. Por outro lado, a quantidade de transações realizadas em agências e postos de atendimento continua em sua trajetória de queda. Em 2016, foram 8,1 bilhões de operações, uma redução de 8% em relação a 2015. A participação desse canal de acesso passou de 16% em 2015 para 13% em 2016.

Consórcios

As vendas de novas cotas de consórcios cresceram 7,8% nos primeiros cinco meses deste ano, na comparação com igual período de 2016, aponta levantamento da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), divulgado hoje (10). Foram vendidas 912,5 mil unidades de janeiro a maio de 2017, enquanto no ano passado foram 846,3 mil. O volume de negócios atingiu R$ 36,3 bilhões, que representa um acréscimo de 24,7% em relação aos R$ 29,1 bilhões negociados no ano anterior.

Apesar dos saldos positivos nesses indicadores, o total de consorciados ativos voltou a apresentar retração, passando de 7,06 milhões de participantes para 6,93 milhões. O número de contemplações também teve revés, caindo 12% nos cinco primeiros meses do ano. Foram 503 mil nesse período ante 571,8 mil do último ano. Houve queda (6,5%) ainda no valor total dos créditos concedidos: de R$ 17,1 bilhões para R$ 16 bilhões.

Setores

O comportamento das vendas se manteve no mês de maio. Houve crescimento em quatro dos cinco setores avaliados no levantamento da Abac. O destaque foi o setor de serviços, com acréscimo de 113,6%. Na sequência, estão os consórcios relacionados a eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis (28,4%); veículos leves (19%); imóveis (12,7%) e veículos pesados (11,5%). Apenas o setor de motocicletas apresentou retração, caindo 6,1%.

O tíquete médio – valor intermediário da cota de um consórcio – ficou em R$ 40,7 mil em maio, um acréscimo de 10,6% em relação ao quinto mês de 2016.

O presidente executivo da Abac, Paulo Roberto Rossi, está otimista em relação à economia. “Mês após mês, desde janeiro, os diversos indicadores econômicos têm apontado para reversão de tendência, fatos que nos permitem crer na ampliação das vendas de novas cotas de consórcios para pessoas físicas e jurídicas”, disse em nota.

O dirigente avalia ainda que esta modalidade tem apresentado bons resultados, apesar da alta do desemprego, por requerer mais consciência financeira. “Por ser importante fator nesse contexto, o consórcio contribui na gestão das finanças pessoais e na consequente formação da cidadania financeira do consumidor”, apontou Rossi.

Agência Brasil

Veja Também