Crédito Produtivo impulsiona economia goiana

Com R$ 2,5 milhões liberados em julho, programa atinge maior volume de financiamentos de 2017

Postado em: 29-08-2017 às 10h30
Por: Lucas de Godoi
Imagem Ilustrando a Notícia: Crédito Produtivo impulsiona economia goiana
Com R$ 2,5 milhões liberados em julho, programa atinge maior volume de financiamentos de 2017

O mês de julho foi de recorde no volume de financiamento do
Crédito Produtivo, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED), em 2017
até agora, atingindo R$2,5 milhões em recursos liberados.

O total representa mais do que o triplo da média de recursos
liberados varia de R$700 mil a R$800 mil mensais, segundo o superintendente de
Micro e Pequenas Empresas, Thiago Falbo.

“Foi um salto muito grande. A gente acredita que houve uma
recuperação e o mercado tem tentado reagir a esse momento de dificuldade
econômica no país. A taxa de juros já diminuiu bastante, acaba que isso coloca
mais dinheiro no mercado e ajuda muito a retomada”, analisa.

Continua após a publicidade

O valor financiado por meio do empréstimo concedido via Goiás
Fomento é de R$ 50 mil  com uma baixa
taxa de juros, de 0,8% ao mês. Desse total, 70% dos recursos são destinados
para investimento na própria empresa -podendo ser revertido para despesas – e
30% são depositados na conta do empresário para aplicação como capital de giro.
“Esse é um dinheiro que está sendo investido para aumentar a produção e o
faturamento das empresas, gerando emprego e renda”, diz.

Empreender não é tarefa fácil, ainda mais quando se está começando. Que o diga Camila Moreira, que decidiu apostar no delicioso sabor do chocolate com toque gourmet e abriu as portas de uma franquia de brigaderia em Goiânia. O primeiro grande desafio do negócio foi a Páscoa deste ano. No entanto, a empresária precisava de capital de giro para comprar matéria-prima e ampliar o estoque. A saída foi um empréstimo do programa Crédito Produtivo, do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SED), rápido e com baixa taxa de juros. “É a melhor taxa do mercado”, diz. 

Podem requerer os recursos quem estiver enquadrado no
Microempreendedor Individual (MEI), além de empresas de micro e pequeno porte e
médias devidamente formalizadas e com a documentação regular. É preciso
apresentar um imóvel de garantia ou um avalista.

O Curso Plano de Negócios realizado em parceria com o Sebrae
para qualificação do empreendedor é pré-requisito -com validade de até três
anos – para a tomada do empréstimo. Trata-se de uma capacitação rápida, de 12
horas-aula que percorre todos os 246 municípios goianos. A procura pelo curso
também aumentou, conforme Falbo, que informa que a SED está ampliando a oferta
principalmente para o interior para atender maior número de pessoas. Somente
neste mês de agosto serão visitadas 30 cidades.

As turmas devem ser formadas por pelo menos 30 pessoas
interessadas. “O Curso Plano de Negócios é um pré-requisito porque a gente
acredita que se o empreendedor tem uma capacitação, ele vai conseguir aplicar
melhor o recurso e consequentemente vai obter retorno”, comenta.

Mais de R$10,5
milhões liberados em sete meses de 2017

No acumulado de 2017, o Crédito Produtivo, da SED, liberou
R$10,526 milhões em financiamentos para assinatura de 319 contratos, gerando
844 empregos declarados. Em 2016, foram R$ 5,932 milhões no total.

“Os empreendedores, pegando crédito, estão investindo nos
seus negócios e grande parte deles gera pelo menos dois empregos”. Goiânia
responde pela maior fatia – concentrando cerca de 44% do total de recursos.

Instituído em 2004, o Crédito Produtivo já injetou R$ 103
milhões na economia goiana e promoveu a capacitação de cerca de 160 mil
empreendedores.

Thiago espera superar a marca de 2014, ano em que foi
alcançado o maior volume de recursos até agora: R$21,4 milhões, anterior à
crise financeira. O programa despertou interesse do governo do Acre, que
enviará representantes para conhecer o modelo do projeto.

Condições

Além da linha de crédito convencional, cujo prazo de
quitação é de 36 meses com carência de seis meses, também está disponível o
financiamento para empresas interessadas em aderir à energia fotovoltaica
(solar),com maior prazo de carência (12 meses) e de pagamento – 60 meses, em
razão da estimativa mais prolongada de retorno financeiro. Atualmente, 20 mil
pessoas estão aptas a pegar o crédito por já terem concluído o curso, segundo
levantamento da SED.

“Desse total, 94% são micro e pequenas. Elas vão conseguir
aumentar o faturamento, gerando renda e emprego e isso é de grande importância
para o crescimento delas e para se manterem no mercado, evitando a falência”,
finaliza. 

Fonte: Goiás Agora
Foto: Leo Iram

Veja Também