Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Presidente discute ajuste fiscal e reforma da Previdência com ministros

Para Meirelles, será possível concluir a votação da reforma em outubro, mesmo com o atual cenário político que o Brasil vive

Postado em: 10-09-2017 às 09h20
Por: Márcio Souza
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Para Meirelles, será possível concluir a votação da reforma em outubro, mesmo com o atual cenário político que o Brasil vive

O presidente Michel Temer se
reuniu no sábado (9) com alguns ministros para debater a agenda econômica a ser
implementada nos próximos meses. De acordo com o ministro da Fazenda, Henrique
Meirelles, um dos participantes da reunião, o governo decidiu retomar agora,
“com toda a ênfase”, a discussão que trata da aprovação da reforma da
Previdência Social no Congresso Nacional.

Meirelles disse que é
“fundamental” que se aprove as mudanças na Previdência neste ano para que o
Brasil entre em 2018 com a reforma feita, o que aumentará a confiança na
recuperação econômica. Na opinião do ministro, será possível concluir a votação
da reforma em outubro, mesmo com o atual cenário político que o Brasil vive.

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“A agenda da reforma da
Previdência e de outras reformas econômicas vai muito além de um governo, de um
determinado momento do país. Está claro que, a manter a presente trajetória
fiscal, o Brasil terá problemas importantes e sérios nos próximos anos”,
declarou o ministro. Para Meirelles. os parlamentares que pretendem concorrer
nas eleições de 2018 e participar do governo em 2019 são os maiores
interessados na aprovação da reforma da Previdência neste ano.

Segundo o ministro, a situação
fiscal demanda preocupações, mas existe um grande grau de confiança no mercado
expresso pela alta das bolsas e pela queda do câmbio e dos juros. “A gente
pressupõe que as reformas fundamentais estão sendo aprovadas e que o teto de
gastos está sendo implementado, mas evidentemente, para que isso se consolide,
a reforma da Previdência é fundamental”, advertiu.

O ministro Henrique Meirelles
informou que as medidas provisórias relativas ao ajuste fiscal ainda não têm
data para serem publicadas. “Essas medidas estão sendo processadas, e eu não
tenho a informação do dia especifico que serão editadas”, informou. Para cumprir
a meta de déficit primário (resultado negativo nas contas do governo
desconsiderando os juros da dívida pública) de R$ 159 bilhões em 2018, o
governo pretende antecipar a cobrança de Imposto de Renda dos fundos exclusivos
de investimento, adiar os aumentos de salário dos servidores públicos por um
ano e aumentar, de 11% para 14%, a contribuição dos servidores federais para a
Previdência do serviço público. 

Foto: Reprodução

Com informações da Agência Brasil

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