Comércio eletrônico cresce e se consolida na pandemia com o empreendedorismo digital

O Instagram é uma das principais ferramentas para empreendedores que divulgam seus produtos e o Whatsapp é a melhor ferramenta para a finalização das vendas

Postado em: 12-02-2022 às 15h00
Por: Raphael Bezerra
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O Instagram é uma das principais ferramentas para empreendedores que divulgam seus produtos e o Whatsapp é a melhor ferramenta para a finalização das vendas | Foto: Reprodução

A pandemia impôs desafios para os empreendedores que viram nas redes sociais e na internet uma nova forma de fazer negócios. O comércio eletrônico cresceu nos últimos dois anos e os empreendedores trocaram as guerras de marketing e panfletos por postagens e anúncios nas mais diversas plataformas. O Instagram é uma das principais ferramentas para empreendedores que divulgam seus produtos e o Whatsapp é a melhor ferramenta para a finalização das vendas de 84% dos pequenos negócios.

As mulheres lideram, com folga, o empreendedorismo nas redes. Lojas de roupas, biquínis, lingerie, manicure, salões de belezas, bolos, se beneficiam das imagens para atrair a clientela. Segundo a Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), oito a cada dez empreendedoras estão no comércio eletrônico. Entre os homens, essa proporção cai para sete a cada dez. Ainda segundo a FGV,  74% dos pequenos negócios atuam no comércio eletrônico.

Esse é o maior registro da série histórica, que teve início nos segundo mês da pandemia. Na época, 59% dos donos de pequenos negócios atuavam com o comércio pelos meios eletrônicos. Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, a digitalização das micro e pequenas empresas, além dos MEI, foi acelerada pela pandemia. “Essa é uma realidade que veio para ficar e, mesmo com a reabertura, a busca por canais digitais continua sendo intensa pelos empreendedores que agora estão com a missão de aliar as vendas virtuais com as presenciais”.

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A empreendedora Giovana Barros aponta que o contato direto com os clientes é feito quase   que  exclusivamente   pelas redes sociais. “95% do contato com o cliente acontece pelo online.   Com   a   queda   do   Instagram   e   Whatsapp,   ficou   impossível esse contato”, relata.

Ela conta que além da captação dos compradores, as redes sociais também são utilizadas para “repescar” os clientes antigos com promoções e postagens de novas peças em sua loja de moda íntima. “Aqui, nossa finalização   das   compras   são feitas pelo Whatsapp, onde a gente pode tirar dúvidas, pegar as medidas e outras informações das clientes”, conta.

Cuidados

Em outubro do ano passado, as três maiores redes sociais do mundo passaram um dia inteiro fora do ar, provocando prejuízos para pequenos e grandes empreendedores que dependiam da plataforma. 

O diretor superintendente do Sebrae, Antônio Carlos de Souza lima neto, diz que esses são os riscos que os empreendedores assumem ao montar opróprio negócio, mas que a situação vivida na tarde desta segunda-feira acendeu um alerta que deve ser levado em conta nos próximos dias. 

Ele pontua que com a pandemia, muitas empresas tiveram que se reinventar e migrar boa parte do seu   contato   com   os   clientes para as plataformas virtuais. “A Partir   desse   momento   que   agente migra, ficamos sujeitos a essas circunstâncias, mas com constatações reais de danos e prejuízos   das   empresas   que acabaram direcionando seu fluxo de atendimento para esses métodos”, alerta

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