Cai número de endividados em Goiânia

Fecomércio diz que a confiança do empresário continua alta, o que é um bom sinal pois mostra que haverá possibilidade de contratações e investimentos

Postado em: 18-10-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Fecomércio diz que a confiança do empresário continua alta, o que é um bom sinal pois mostra que haverá possibilidade de contratações e investimentos

O nono mês do ano foi de queda no número de famílias endividadas em Goiânia. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), realizada no mês de junho, pela Federação do Comércio do Estado de Goiás (Fecomércio-GO) e Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo (CNC), o percentual de famílias endividadas foi de 31,2%. Índice 2,6 ponto percentual menor que o registrado no mês de agosto que foi de 33,8%. Se comparado a setembro de 2016 houve aumento de 8,7%, já o que o índice de endividamento foi de 28,7%. 

O presidente da Fecomércio-GO, José Evaristo dos Santos, diz que a baixa taxa de endividamento no Estado é reflexo da cautela e do baixo consumo do goianiense.  Com base na última pesquisa do IBGE, referente ao mês de agosto, Evaristo destaca que há 32 meses Goiás tem o menor índice de consumo do País.

O número de pessoas endividadas com contas em atraso permaneceu estável passando de 18,4% em setembro de 2016 para 18,6% em setembro de 2017. O percentual de famílias que afirmaram não ter condições de pagar as contas no próximo mês continua alto e chega a 64%. Também é alto o número de famílias com contas em atraso há mais de 90 dias. Segundo a pesquisa, a faixa é de 78,5%. 

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A faixa de pessoas que afirmam não ter dívidas com cartão de crédito, cheques, carnês de lojas, empréstimos pessoais, financiamento de carros e seguros é superior a 71%. Quem respondeu que está endividado, afirmou que o maior débito é com o cartão de crédito. Essa modalidade é a que representa grande parte do endividamento com 67,6% dos casos. 59,6% das famílias estão com contas em atraso e 64% disseram que não terão como pagar. A pesquisa foi realizada com 500 famílias da Capital. 


Consumo 

A pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) mostra que a disposição de consumir no mês de setembro deste ano aumentou 19,3% se comparada mesmo período no ano passado. O ICF de setembro de 2016 era de 79,6 pontos e o de setembro deste ano é de 95 pontos.

Calculado por pontos, o índice é considerado positivo a partir dos 100 pontos. Abaixo de 100, é considerado pessimista. A pontuação deste ano, embora ainda abaixo dos 100, mostra que o consumidor está recuperando a intenção de consumir. O aumento da pontuação no mês de junho já era esperado, em função do Dia dos Namorados. 

Como confirmação do dado, os entrevistados responderam que suas famílias estão comprando a mesma quantidade do ano passado. Foi o maior percentual das respostas com 38,6%, seguido por ‘estamos comprando menos’ com 33,2%. 27,3% disseram que estão comprando mais que em setembro do ano passado. Para os próximos meses, 56,8% disseram que vão consumir igual quantidade ou mais que no segundo semestre do ano passado e 41,8% afirmaram que vão consumir menos se comparado ao segundo semestre de 2016. 


Empresário

Se o consumidor está cauteloso quanto ao consumo, o mesmo não ocorre com os empresários do comércio. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC) subiu um ponto na comparação com maio. Parece pouco, mas a pontuação segue uma trajetória de alta desde fevereiro. O ICEC de junho fechou em 111,7 pontos, o que mostra um comportamento otimista por parte dos empresários. No caso de empresários com mais de 50 empregados, a pontuação ainda é mais positiva e atingiu os 115,8 pontos. 

O presidente da Fecomércio-GO diz que a confiança do empresário continua alta, o que é um bom sinal pois mostra que haverá possibilidade de contratações e investimentos. Porém as condições do comércio não estão boas, os estoques estão altos sendo necessários usar a criatividade para escoar os estoques.  

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