Percentual de famílias endividadas tem quinta alta consecutiva

Também houve incremento de 0,6 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado, quando o indicador alcançava 59,6% do total de famílias

Postado em: 04-12-2017 às 11h45
Por: Márcio Souza
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Também houve incremento de 0,6 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado, quando o indicador alcançava 59,6% do total de famílias

O percentual de famílias
endividadas alcançou 62,2% em novembro de 2017, com aumento de 0,4 ponto
percentual na comparação com outubro. Este foi o quinto mês seguido de altas no
indicador, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor
(Peic), divulgada hoje (4) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens,
Serviços e Turismo (CNC). A Peic aponta ainda um recuo no percentual de
famílias inadimplentes.

Além de ser a quinta alta
consecutiva no indicador, também houve incremento de 0,6 ponto percentual em
relação ao mesmo período do ano passado, quando o indicador alcançava 59,6% do
total de famílias.

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Para a economista da CNC,
Marianne Hanson, “a taxa de desemprego ainda bastante alta ajuda a explicar a
dificuldade das famílias em pagar suas contas em dia e o pessimismo elevado em
relação à capacidade de pagamento”.

Inadimplência

Apesar da alta do percentual de
famílias endividadas, a proporção daquelas com dívidas ou contas em atraso
diminuiu em novembro, atingindo 25,8% das famílias, ante 26% em outubro. A
segunda queda mensal consecutiva do indicador acontece após ele ter alcançado o
maior patamar do ano em setembro (26,5%). Na comparação com novembro de 2016,
entretanto, houve alta de 1,4 ponto percentual.

A proporção de famílias que
declararam não ter condições de pagar as suas contas ou dívidas em atraso e
que, portanto, permaneceriam inadimplentes ficou estável em 10,1% entre outubro
e novembro, embora tenha apresentado alta em relação aos 9,5% de novembro do
ano passado.

Nível e prazo de endividamento

A Pesquisa de Endividamento e
Inadimplência do Consumidor aponta estabilidade no percentual de famílias que
se declararam muito endividadas, que permaneceu em 14,6% do total. Na
comparação anual, a variação foi de apenas 0,1 ponto percentual.

Já o percentual de famílias pouco
endividadas teve leve alta de 0,9 ponto percentual na comparação mensal: passou
de 24,5% para 24,6% do total de entrevistados – o que também indica
estabilidade. Em relação ao mesmo período do ano passado este aumento foi de
0,6 ponto percentual.

O tempo médio de atraso para o
pagamento de dívidas foi de 64,2 dias em novembro deste ano, superior aos 63,3
dias de novembro de 2016. “Em média, o comprometimento com as dívidas das
famílias foi de 7,1 meses, sendo que 32,3% das famílias possuem dívidas por
mais de um ano. Entre aquelas endividadas, 23,8% afirmam ter mais da metade da
sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas”, apurou a pesquisa.

Segundo a CNC, para 76,9% das
famílias que possuem dívidas, o cartão de crédito permanece como a principal
forma de endividamento, seguido de carnês (16,7%) e financiamento de carro
(10,4%).

A Pesquisa Nacional de
Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic Nacional) é apurada
mensalmente pela CNC desde janeiro de 2010. Os dados são coletados em todas as
capitais dos Estados e no Distrito Federal, com cerca de 18 mil consumidores.

Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução 

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