Inflação de Goiânia mantém trajetória de alta​

Embora alguns produtos alimentícios tenham subido no mês passado, o índice que mede a variação da cesta básica do trabalhador goianiense caiu 0,17% em relação a outubro

Postado em: 07-12-2017 às 16h00
Por: Lucas de Godoi
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Embora alguns produtos alimentícios tenham subido no mês passado, o índice que mede a variação da cesta básica do trabalhador goianiense caiu 0,17% em relação a outubro

Pelo terceiro mês consecutivo, a inflação de Goiânia
continua em trajetória de alta e chegou a 1,10% em novembro, embora pouco
abaixo da taxa de outubro (1,16%). Mais uma vez, os reajustes dos combustíveis
(gasolina, 5,71%, etanol, 4,91% e óleo diesel 2,69%) e das tarifas de energia
(17,41%) e gás de cozinha (4,62%) impactaram fortemente no índice geral.

Com esse resultado, o acumulado da inflação de Goiânia, de
janeiro a novembro, subiu para 2,64% e nos últimos 12 meses para 2,78%. Os
dados foram apurados pela gerência de Pesquisas Sistemáticas e Especiais do
Instituto Mauro Borges (IMB) da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan).

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O gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais do
IMB/Segplan, economista Marcelo Eurico de Sousa, chama a tenção para o fato de
que a inflação deverá fechar o ano em baixa, em torno de 3%, graças aos preços
contidos dos alimentos, que tem grande peso nos orçamentos das famílias ricas,
médias e pobres. Contudo, ele alerta, isoladamente, os preços sobre
produtos/serviços administrados pelo Governo federal, como combustíveis, gás de
cozinha e energia elétrica, dispararam durante todo o ano, e pesaram no bolso
dos consumidores, porque não há produtos substitutos e nem concorrência no
mercado.

Além dos grupos transportes (1,52%) e habitação (4,97%),
também contribuíram para a alta do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de
Goiânia, no mês passado, os grupos de educação (1,41%), comunicação (1,11%),
alimentação (0,07%) e artigos residenciais (0,16%). Ajudaram a conter uma alta
ainda maior do indicador os grupos vestuário (-0,50%), saúde e cuidados
pessoais (-0,77%) e despesas pessoais (-1,03%).

No grupo alimentação, o que tem maior peso na formação do
IPC de Goiânia, tiveram alta, entre outros, o óleo de soja (2,23%), a carne
suína (3,87%), carne bovina (0,76%), o frango (1,81%) e o refrigerante 290 ml
(4,06%). Em queda ficaram o feijão carioca (-4,82%), arroz (-0,41%), tomate
(-1,22%), batata inglesa (-7,365), repolho (-11,44%), laranja pera (-6,79%). E
ainda, a banana prata (-5,66%), queijo frescal (-1,01%), leite longa vida
(-0,35%) e a cerveja (-1,85%).

Dos 205 produtos/serviços pesquisados mensalmente pelo
IMB/Segplan, 92 apresentaram elevação, 25 ficaram estáveis e 88 tiveram
variação negativa, em novembro.

Cesta básica

Embora alguns produtos alimentícios tenham subido no mês
passado, o índice que mede a variação da cesta básica do trabalhador goianiense
caiu 0,17% em relação a outubro. Com isso, o custo para adquirir os 12 itens da
cesta ficou em R$ 298,29. Neste ano, o valor da cesta já diminuiu 12,12%.

No mês passado, o preço do pão ficou estável. Mas subiram a
carne (2,45%), o açúcar (0,53%), a margarina (0,71%) e o óleo de soja (2,23%).
Tiveram queda o leite (-0,35%), o feijão (-2,91%), o arroz (-0,41%),
farinha/massa (-0,86%), legumes/tubérculos (-1,63%), o café (-0,14%) e as
frutas (-1,87%). 

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