Desestatização da Eletrobras será feita em parceria com Congresso

Governo iniciará ainda nesta semana a interlocução com o relator, visando dar maior celeridade à matéria, segundo o recém-empossado ministro da Fazenda, Eduardo Guardia

Postado em: 12-04-2018 às 16h00
Por: Victor Pimenta
Imagem Ilustrando a Notícia: Desestatização da Eletrobras será feita em parceria com Congresso
Governo iniciará ainda nesta semana a interlocução com o relator, visando dar maior celeridade à matéria, segundo o recém-empossado ministro da Fazenda, Eduardo Guardia

A privatização da Eletrobras continuará sendo uma das
prioridades do governo, e o decreto que tratará dessa questão está sendo
elaborado “em parceria e em sintonia” com o Congresso Nacional, de forma a
viabilizar sua aprovação, afirmaram hoje (12) os ministros da Fazenda, Eduardo
Guardia, e da Secretaria de Governo, Carlos Marun. Tal decreto incluirá a
estatal no programa de desestatização do governo federal.

“O governo quer a capitalização da Eletrobras, mas fará isso
em parceria, em sintonia com o Congresso Nacional. Não temos ideia de fazer
isso sem que o Congresso seja ouvido”, disse Marun após participar da primeira
reunião do presidente Michel Temer com a nova equipe ministerial.

Continua após a publicidade

Segundo o ministro, houve “confusão” no sentido de a proposta
ser apresentada por meio de decreto presidencial. “Estamos avaliando os termos
do decreto, que tem objetivo de dar continuidade aos estudos preparatórios para
essa importante e complexa capitalização. Mas não queremos ultrapassar a
posição do Congresso Nacional a respeito do assunto. O decreto deve ser
publicado de forma que isso seja garantido.”

De acordo com o recém-empossado ministro da Fazenda, Eduardo
Guardia, o governo iniciará ainda nesta semana a interlocução com o relator,
visando dar maior celeridade à matéria. Para Guardia, as vantagens da venda de
ações da estatal vão além da questão fiscal.

“A discussão de capitalização da Eletrobras vai muito além do
impacto fiscal no exercício de 2018. A oferta de energia elétrica é importante
para sustentar o crescimento do país, para evitar gargalos no futuro. É a mais
importante empresa de energia elétrica. Precisamos de uma Eletrobras
capitalizada, forte, com boa governança corporativa para que continue a fazer o
trabalho dela”, disse Guardia.

Ainda segundo o ministro, o país não terá capacidade de
investimento no setor energético sem uma Eletrobras “capitalizada e forte”.
Guardia lembrou que a empresa responde por um terço da geração de energia
elétrica no pais.

De acordo com o ministro da Fazenda, os R$ 12 bilhões de
receitas previstas com a privatização foram colocados em uma conta de reservas,
na programação orçamentária deste ano. “Caso isso [a privatização] não
ocorra, não existe nenhuma medida de ajuste adicional [na programação orçamentária]”,
disse.

 Fonte: Agência Brasil.

Veja Também