13º salário deve injetar cerca de R$ 291 bilhões na economia

Aplicar o 13° salário em em opções de investimentos no mercado não fica fora das várias estratégias para usar o montante de forma eficaz

Postado em: 28-11-2023 às 07h30
Por: Vitória Bronzati
Imagem Ilustrando a Notícia: 13º salário deve injetar cerca de R$ 291 bilhões na economia
Empresas devem pagar primeira parcela a trabalhadores até o dia 30 de novembro | Foto: Marcello Casal Jr/ABr

O pagamento do 13º salário deverá injetar na economia brasileira cerca de R$ 291 bilhões, diz levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Esse valor representa aproximadamente 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) e será pago a cerca de 87,7 milhões de pessoas: trabalhadores do mercado formal, beneficiários da Previdência Social e aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados e municípios. Em média, cada trabalhador deverá receber R$ 3.057.

Do montante a ser pago como 13º, cerca de R$ 201,6 bilhões, ou 69% do total, irão para empregados formais, incluindo trabalhadores domésticos, e 31%, (R$ 89,8 bilhões) para aposentados e pensionistas. Beneficiários da Previdência Social (32,8 milhões de pessoas) receberão R$ 55,4 bilhões, aposentados e pensionistas da União, R$ 11,2 bilhões (3,8%); aposentados e pensionistas dos estados, R$ 17,5 bilhões (6%); e aposentados e pensionistas dos regimes próprios dos municípios, R$ 5,6 bilhões.

A maior média do valor do 13º será paga aos trabalhadores do setor de serviços (R$ 4.460). A indústria aparece com o segundo valor, equivalente a R$ 3.922; e o menor fica com os trabalhadores do setor primário da economia, R$ 2.362.  O maior valor médio para o 13º será destinado aos trabalhadores, aposentados e pensionistas no Distrito Federal (R$ 5.400) e o menor, no Maranhão e Piauí (R$ 2.087 e R$ 2.091, respectivamente). 

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Segundo o Dieese, para o cálculo do pagamento do 13º salário em 2023, foram reunidos dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego. Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Previdência Social e da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Como calcular

Para saber qual valor o trabalhador terá direito, basta calcular a remuneração total por 12. Depois, o resultado, multiplicado pelo número de meses trabalhados. “Se um funcionário trabalhou oito meses recebendo R$ 1.500 por mês, ele deve dividir R$ 1.500/12, resultando em R$ 125. Esse valor agora deve ser multiplicado pelos meses trabalhados. Esse trabalhador teria direito a R$ 1.000 de 13º salário”, explica a presidente do Conselho Regional de Contabilifafe de Goiás, Sucena Rummel. Se o valor for pago em duas cotas, a primeira parcela paga será no valor de R$ 500. Já a segunda, quando incidem os descontos, será de R$ 425.

A contadora considera uma ótima opção para os trabalhadores que vão receber o 13° salário no próximo mês se planejar e destinar o valor para pagar dívidas e ficar em dia com as contas em atraso. “Essa, sem dúvida, é a melhor maneira de aproveitá-lo. Afinal, nada como começar o ano novo com a vida financeira em ordem”, comenta, reforçando sobre agir durante as renegociações dos débitos, buscando bons descontos na quitação da dívida. 

Em outra análise, o beneficiário tem a opção de reservar o 13° salário para as contas futuras de 2024. “Bem nos primeiros meses do ano seguinte, é comum recebermos diversos boletos como IPVA, ITPU e gastos com materiais escolares dos filhos. Se a pessoa tiver uma organização prévia, ela tem condições de destinar esse valor e efetuar os pagamentos à vista de grande parte das obrigações pessoais e financeiras”, orienta Sucena. 

Aplicar o 13° salário em em opções de investimentos no mercado não fica fora das várias estratégias para usar o montante de forma eficaz. A presidente do Regional em Goiás reforça que “Fundos de investimentos, Tesouro Direto e contas de reserva de emergência são um bom caminho para quem gosta de ter um plano B no decorrer do ano”, conclui.

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