A pujante economia das quatro cidades mais ricas de Goiás

Cada um com suas peculiaridades econômicas e história de desenvolvimento, os municípios somam 2.589.429 habitantes, segundo dados do último Censo IBGE

Postado em: 27-01-2024 às 07h00
Por: Ícaro Gonçalves
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Cada um com sua peculiaridade econômica e história de desenvolvimento, os municípios somam 2.589.429 de habitantes, segundo dados do último Censo IBGE | Foto: Reprodução

No último ranking das economias municipais divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quatro municípios goianos se destacaram — Goiânia, Anápolis, Aparecida de Goiânia e Rio Verde. Conforme os dados de 2021, referendados pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (IMB), as cidades estão, consecutivamente, entre as 100 maiores economias nacionais e representam 41,1% do Produto Interno Bruto (PIB) de Goiás.

Cada um com suas peculiaridades econômicas e história de desenvolvimento, os municípios somam 2.589.429 habitantes, segundo dados do último Censo IBGE, o que representa 36,7% dos moradores do estado.

Goiânia

Capital do estado, Goiânia é lar de mais de 1.430 milhão de pessoas, reunidas, não por acaso, no centro do território goiano. Como vislumbrou, lá em meados de 1930, o então interventor/governador Pedro Ludovico, era preciso ocupar  os espaços demográficos vazios de Goiás para aumentar a produção econômica. O projeto de Attilio Corrêa Lima previa 50 mil habitantes, mas desde a década de 1960, a capital sofreu um acelerado crescimento populacional, sendo hoje a segunda cidade mais populosa do Centro-Oeste, superada apenas por Brasília. 

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Centro estratégico para áreas como indústria, serviços, medicina, moda e agricultura, Goiânia concentra a maior parte dos órgãos da administração pública estadual, as sedes dos Poderes Legislativo e Judiciário do estado, as entidades classistas, universidades, hospitais de ponta, além do segundo maior polo de distribuição e confecção de moda do País, a região da Rua 44. Segundo informações da Junta Comercial de Goiás, a capital reunia mais de 330 mil empresas em funcionamento até outubro de 2023, fazendo dela a 15ª colocada do ranking nacional, com PIB superior a R$ 59 bilhões.

Anápolis

Não muito longe fica Anápolis, o elo entre a capital goiana e a capital federal. Centenária, a cidade é reconhecida como um dos principais polos industriais do Brasil, abrigando importantes empresas nacionais e multinacionais. Reúne, no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), algumas gigantes dos setores farmacêutico, automotivo, logístico e alimentício. Com localização privilegiada, Anápolis é hoje um dos principais eixos econômicos e logísticos do Brasil, sendo sede do Porto Seco Centro-Oeste e atravessada pela ferrovia Norte-Sul. A cidade também é sede da Base Aérea de Anápolis, uma das mais importantes do País, que contribui para a segurança e defesa nacional.

No ranking nacional, a cidade aparece na 75ª colocação, com PIB de R$ 17,7 bilhões. No setor industrial, Anápolis tem a segunda maior participação do estado (9,4%) com R$ 4,9 bi de valor agregado. Já nos Serviços, tem participação estadual de 7,2%, com R$ 7,6 bi.

Aparecida de Goiânia

Vizinha ‘geminada’ da capital, a ponto de incorporar seu nome, Aparecida já foi conhecida como cidade dormitório de Goiânia. Hoje, o adjetivo é passado, lembrado apenas pelos moradores mais velhos da cidade. Terceira no ranking da economia estadual, Aparecida de Goiânia teve um salto em sua economia a partir do final dos anos 90, início dos anos 2000, com forte política de valorização da cidade por parte dos gestores. 

Hoje a cidade conta com importantes eixos estruturantes, o Distrito Agro Industrial de Aparecida de Goiânia (Daiag), com destaque para as farmacêuticas, químicas e de alimentos, e logo também deverá abrigar o novo Distrito Agroindustrial Norberto Teixeira (Dianot), além de universidades e hospitais de alcance estadual. Isso faz de Aparecida o segundo município goiano com mais empresas ativas, com mais de 81 mil negócios em funcionamento na cidade, um PIB de R$ 16,9 bilhões e a 80ª posição no ranking nacional.

Rio Verde

No Sudoeste goiano, Rio Verde impera, quase sozinha, como a maior economia da região. Mais antiga entre as potências goianas, Rio Verde já chegou aos seus 172 anos com uma base econômica baseada no agronegócio. Detém a maior participação no total da produção agropecuária do estado (8,7%). Em 2021, destacou-se como o maior produtor de soja, de cereais, de suínos e de criação de aves de Goiás. Também se sobressaiu no cultivo de algodão e na silvicultura. Com isso, figura na 82ª posição do ranking nacional, com um PIB de R$ 16,3 bilhões.

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