Dívida média dos goianos foi R$ 5.272 em dezembro, aponta Serasa

O valor total de débitos em dezembro no Estado chegou à soma de R$ 12,65 bilhões

Postado em: 29-01-2024 às 12h30
Por: Ícaro Gonçalves
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O valor total de débitos em dezembro no Estado chegou à soma de R$ 12,65 bilhões, o que significa uma dívida média de R$ 5.272,20 por goiano endividado | Foto: Marcello Casal Jr./ ABr

O mês de dezembro costuma ser de mais gastos devido às festas de fim de ano, as viagens e, para os pais mais adiantados, as compras de materiais escolares dos filhos. Com isso, é comum que o número de endividados e inadimplentes também cresça no mês. Uma pesquisa feita pelo Serasa apontou que a porcentagem de goianos que não conseguem pagar suas contas teve alta de 0,77% na comparação entre dezembro e novembro de 2023. 

Os dados fazem parte do Mapa de Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa. De acordo com o levantamento, cerca de 2 milhões e 400 mil goianos têm alguma dívida, em atraso ou não. O valor total de débitos em dezembro no Estado chegou à soma de R$ 12,65 bilhões, o que significa uma dívida média de R$ 5.272,20 por goiano endividado. Ainda assim, houve redução de 3,32% em relação aos déficits de novembro – R$ 5.453,33.

O motivo da maior parte das dívidas está concentrado em três setores: bancos e cartões (29,51%), financeiras (16,71%) e contas básicas de água, luz e gás (16,27%). Entre as faixas etárias, os maiores inadimplentes goianos tinham entre 26 e 40 anos (35,5%), seguidos pela população de 41 a 60 anos (34,6%) e por pessoas acima de 60 anos (16,4%).

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Segundo Aline Maciel, gerente da plataforma Limpa Nome, o programa Desenrola desenvolvido pelo Governo Federal e os Feirões da Serasa contribuíram para a melhora dos dados de novembro e dezembro. “Apenas a Serasa registrou um total de 4,1 milhões de acordos de débitos realizados ao longo do ano passado, concedendo um total de R$ 11,7 bilhões de descontos a 2,5 milhões de brasileiros”, ressalta.

Apesar da inadimplência ser um alerta para a economia, o endividamento em si pode ser um termômetro do aquecimento do consumo das famílias. Como analisa o professor e mestre em economia Luiz Carlos Ongaratto, em entrevista ao O HOJE, as famílias brasileiras passam por um movimento de transição no cenário econômico, onde estão saindo de um momento em que buscavam somente o sustento básico para um contexto no qual, agora, têm a capacidade de expandir mais o consumo com bens duráveis. 

“Isso é um reflexo do otimismo das famílias. Elas possuem mais acesso ao emprego, elas estão tendo maior renda, e aí elas têm uma capacidade maior de se endividar, no sentido de comprar algum bem durável, e isso é um ótimo indicador para a economia. Isso também está acompanhado das taxas de juros menores, de um crédito mais barato, além dos programas de renegociação de dívidas que aconteceram esse último ano”, destacou o economista.

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