Vendas no comércio goiano registram alta de 5,9% em março

Dados do IBGE mostram que alta foi puxada pela venda de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos

Postado em: 09-05-2024 às 07h00
Por: Alexandre Paes
Imagem Ilustrando a Notícia: Vendas no comércio goiano registram alta de 5,9% em março
Comércio varejista goiano obteve crescimento acumulado de 6% | Foto: Albari Rosa

O comércio goiano registrou alta de 5,9% no mês de março, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O resultado ficou acima da média nacional no período, que foi de 5,7%, segundo dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com apuração do Instituto Mauro Borges (IMB).

Goiás também registrou alta de 5,6% na variação acumulada no ano; seguido pelo crescimento de 1,7% no acumulado em 12 meses. Em todos os indicadores, os resultados foram impulsionados pela venda de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria, cosméticos e hipermercados e supermercados.

Os números revelam a prioridade dada pelos consumidores à compra de itens básicos, como medicamentos e alimentos, em detrimento de outras mercadorias que são consideradas não essenciais. No pós pandemia, a preocupação com a saúde e a prevenção de doenças tem levado muitos consumidores a investirem em produtos farmacêuticos e médicos.

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Em uma farmácia localizada no centro de Goiânia, a gerente Maria Oliveira relata um aumento significativo nas vendas nos últimos meses: “Nós notamos uma demanda crescente por itens como vitaminas, suplementos, máscaras faciais e álcool em gel. As pessoas estão mais conscientes sobre a importância da prevenção, e isso tem se refletido nas nossas vendas.”

No setor ortopédico, a busca por produtos relacionados à saúde física e conforto também tem impulsionado o comércio. Com o aumento do interesse por atividades físicas e o envelhecimento da população, os consumidores têm procurado por itens como palmilhas ortopédicas, cadeiras de rodas, bengalas e outros dispositivos de mobilidade.

Segundo João Santos, proprietário de uma loja de produtos ortopédicos em Goiânia, “Nos últimos meses, temos visto um aumento na procura por produtos que promovem o conforto e a mobilidade, especialmente entre os idosos. As pessoas estão mais conscientes sobre a importância de cuidar da saúde física, e isso tem se refletido positivamente nas nossas vendas.”

Já no segmento de perfumaria e cosméticos, a retomada gradual das atividades sociais e profissionais tem levado os consumidores a investirem em produtos de beleza e cuidados pessoais. Com o relaxamento das restrições de distanciamento social, as pessoas estão buscando se sentir bem consigo mesmas e investindo em produtos que as ajudem a realçar sua beleza e autoestima.

Em uma perfumaria localizada em um shopping de Goiânia, a proprietária Ana Lima comenta sobre o aumento nas vendas: “Desde que as restrições começaram a diminuir, notamos um aumento na procura por perfumes, cosméticos e produtos de cuidados com a pele. As pessoas estão ansiosas para voltar a sair e se socializar, e os produtos de beleza têm sido uma forma delas se prepararem para esses momentos.”

O secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima, destaca que os resultados são muito positivos e ressalta a importância do setor para a economia. “O desenvolvimento do comércio goiano contribui com o desenvolvimento econômico e social do nosso estado, impactando diretamente na geração de emprego e renda para as famílias goianas”, enfatiza o titular da pasta.

Joel de Sant’Anna Braga Filho, secretário de Indústria, Comércio e Serviços, pontua o trabalho feito pelo governo estadual para fortalecer o setor terciário, uma das bases da economia goiana. “As altas consecutivas atestam que estamos no caminho certo para tornar Goiás o melhor lugar para se empreender e trabalhar”, afirma. 

O comércio varejista ampliado em Goiás obteve crescimento acumulado no ano de 6%, com destaque para as vendas de veículos, motocicletas, partes e peças, seguidas pelas vendas especializadas em produtos alimentícios, bebidas e fumo. Já no acumulado em 12 meses e na variação interanual, Goiás registrou leve aumento de 0,6% e 0,5%, respectivamente.

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