Dólar dispara e bolsa despenca após sinalizações do BC norte-americano

Em dia volátil, moeda americana atinge maior valor em nove dias, enquanto Ibovespa cai para menor patamar em quase um mês

Postado em: 22-05-2024 às 22h07
Por: Vitória Bronzati
Imagem Ilustrando a Notícia: Dólar dispara e bolsa despenca após sinalizações do BC norte-americano
Investidores reagem com cautela a possível aperto monetário nos EUA | Foto: Valter Campanato/Arquivo/Agência Brasil

O mercado financeiro brasileiro viveu um dia de fortes oscilações nesta quarta-feira (22), com o dólar e a bolsa de valores em direções opostas. A moeda americana disparou, impulsionada por sinalizações do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos EUA), enquanto o Ibovespa despencou, atingindo o menor patamar em quase um mês.

O dólar comercial fechou o dia cotado a R$ 5,156, um aumento de 0,78% em relação à última terça-feira (21). A alta foi impulsionada pela ata da última reunião do Fed, divulgada na tarde de hoje. No documento, o banco central americano sinalizou a possibilidade de elevar os juros em um ritmo mais acelerado caso a inflação continue subindo nos EUA. Essa perspectiva levou os investidores a buscarem refúgio em ativos considerados mais seguros, como o dólar, pressionando sua cotação para cima.

No mercado de ações, o cenário foi completamente diferente. O Ibovespa, principal índice da B3, despencou 1,38%, fechando aos 125.650 pontos. Essa queda foi a maior desde o dia 25 de abril e levou o indicador ao menor nível em quase um mês. A sinalização do Fed sobre possíveis aumentos dos juros também afetou o mercado acionário brasileiro, pois taxas mais altas nos EUA podem encarecer o crédito e reduzir o investimento em empresas, impactando negativamente seus resultados.

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Além da alta do dólar e da queda da bolsa, o dia também foi marcado pela volatilidade no mercado de câmbio. O real se desvalorizou em relação a diversas moedas estrangeiras, com destaque para o euro, que subiu 0,5%. Essa desvalorização do real é reflexo da fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, para economias mais desenvolvidas, como os EUA, em busca de investimentos mais seguros.

Com informações da Agência Brasil

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