Maria Clara Cunha conquista 1ª medalha de ouro do triathlon na história dos Jogos da Juventude

A primeira medalha de ouro da história dos Jogos da Juventude no triathlon é de Goiás. Maria Clara Cunha, de 16 anos,

Postado em: 11-09-2023 às 16h00
Por: Ildeu Iussef
Imagem Ilustrando a Notícia: Maria Clara Cunha conquista 1ª medalha de ouro do triathlon na história dos Jogos da Juventude
Jovem goiana pratica a modalidade junto com suas duas irmãs e dominou a prova feminina (Foto: Beto Noval/COB)

A primeira medalha de ouro da história dos Jogos da Juventude no triathlon é de Goiás. Maria Clara Cunha, de 16 anos, foi a responsável pelo feito no Magic Garden, em Ribeirão Preto (SP). Ela é a mais velha de três irmãs que vivem a modalidade, inspiradas pelo pai Maurício.

“Eu dei o meu melhor, mesmo voltando de lesão. Consegui sair da água na frente, mas no pedal uma menina me passou. Na transição consegui passar ela e dei o meu melhor na corrida”, analisou Maria Clara, que treina com as irmãs Lara Beatriz e Ana Júlia, e é campeã pan-americana juvenil.

Essa medalha começou a ser construída há sete anos, quando ela começou a praticar a modalidade em seu condomínio, e foi sendo lapidada nos últimos três anos, quando passou a integrar a equipe de André Villarinho.

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“Ela é muito boa nas três modalidades. Então, para tentar melhorar alguma coisa, focamos na transição. Sugeri que ela já pedalasse com o cinto que tem o número, o que não é obrigatório na parte de ciclismo. Então, quando ela chegou atrás na transição para a corrida, não precisou perder tempo para colocar o número. Isso fez diferença”, analisou André, que é pai de Diogo Villarinho, medalhista nos Jogos Pan-americanos nas águas abertas.

O triathlon é uma modalidade em que a maturidade competitiva é mais tardia. A média de idade do pódio olímpico feminino nos Jogos de Tóquio 2020 foi de 29,3 anos. Flora Duffy (30 anos), de Bermudas, levou o ouro; a prata foi de Georgia Taylor-Brown (27 anos), da Grã-Bretanha; e Katie Zaferes (31), dos Estados Unidos, pegou o bronze. Se depender da paixão de Maria Clara, a família seguirá na modalidade por muitos anos.

“Eu gosto muito das três modalidades, não tenho uma preferida. Meu pai é o meu maior incentivador, minhas duas irmãs e meu pai. Dedico essa medalha para todo mundo que torceu para mim e me ajudou a chegar até aqui”, declarou a atleta goiana.

Para o treinador, o mais importante para que a menina siga se destacando é manter a motivação em alta, sem muita pressão. 

“É uma menina de futuro. O objetivo é fazê-la gostar de competir, treinar, estar no circuito. Isso é o mais importante. Por ela ser nova ainda, a gente trabalha muito a parte técnica. O volume de treino é compatível com a idade, não adianta massacrar no treino, porque ela tem um caminho longo pela frente. Importante ter uma boa formação técnica, dar uma base de treinamento para que, no futuro, ela dispute um sul-americano, um pan-americano no adulto”, analisou André Villarinho. 

A goiana Maria Clara dominou a prova com certa tranquilidade, o que permitiu que a disputa pela prata fosse a mais emocionante da prova feminina. Na reta final, a cerca de 200m da chegada, Kawani Sofia, de Pernambuco, emparelhou com Maria Luiza Oliveira, de São Paulo, e acabou ultrapassando a paulista quase em cima da linha de chegada.

Detalhe que Maria Clara ao lado de Guilherme Quintão conquistou a medalha de ouro na disputa de equipe mista do triathlon. O percurso teve 300m de natação, 6km de ciclismo e 1.7km de corrida.
Com essas conquistas, o estado de Goiás fechou a sua participação nos Jogos da Juventude com 14 medalhas conquistadas, sendo 5 de ouro, 4 de prata e 5 de bronze.

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