Clubes podem vender direitos do Brasileirão por cerca de 40 milhões de dólares

Luiz Felipe Mendes

Diante das indefinições do
calendário nacional em virtude da pandemia do novo coronavírus, os
representantes dos principais clubes do país vêm se reunindo por
videoconferências a fim de resolver alguns impasses futuros. Nesta semana,
diversas equipes discutiram a venda dos direitos do Campeonato Brasileiro para
outros países, e já possuem uma proposta favorita. A decisão final sai apenas
nesta sexta-feira (17), em nova reunião.

Com a falta de arrecadação
preocupando os ambientes futebolísticos, devido à suspensão de jogos,
patrocínios e investimentos, as equipes estão em busca de alternativas para
melhorar as situações financeiras. A negociação dos direitos do Brasileirão
para o exterior não é uma solução rápida, na verdade renderia frutos somente a
médio e longo prazos, mas pode ser um importante auxílio na divulgação das
marcas para estrangeiros, como fizeram o Campeonato Espanhol e o Inglês,
atualmente os mais rentáveis do planeta.

A proposta apresentada aos
clubes nacionais se aproxima dos 40 milhões de dólares, equivalentes a cerca de
R$ 209 milhões. O valor seria fixo por um período de quatro anos, e repartido
entre times das Séries A, B e C. A divisão seria de 75% para os representantes
da elite, culminando em menos de R$ 3 milhões por clube, 20% para a Série B,
com possíveis transmissões em edições futuras, e 5% para a C. O único clube que
não quis participar desse acordo foi o Athletico Paranaense, o qual não ficou
satisfeito com os números por considerá-los baixos. As outras equipes sabem que
o dinheiro não é o que esperavam, mas contam com a divulgação das marcas e
reforçam que os próximos quatro anos seriam para “degustação”, e que os valores
poderiam ser renegociados na sequência.

A decisão final sobre as
vendas dos direitos do Campeonato Brasileiro sai nesta sexta-feira (17), quando os
clubes voltam a se reunir por meio de videoconferência, a partir das 15 horas.
Existem ainda duas outras propostas na mesa, sendo que os nomes das empresas
não foram revelados. Caso os times aceitem aquela que oferece cerca de 40
milhões de dólares no total, o acordo começaria já na próxima edição do
Brasileirão e seguiria até 2023, mesmo que ainda não há uma certeza de como funcionará
o torneio nesta temporada, devido à paralisação das atividades.