Marcelo Cabo mantém calma e só pensa em torneio internacional após chegar aos 45 pontos

Felipe André

As duas vitórias consecutivas do Atlético Goianiense deixaram muitos torcedores empolgados não apenas com a Copa Sul-Americana, mas uma possível Libertadores. O rubro-negro neste momento ocupa a 11ª colocação, com 34 pontos na Série A, quatro atrás do Santos que é o oitavo colocado. Para que o G8 se torne realidade, o próprio Santos ou o Palmeiras precisam vencer a Libertadores, além de quem vencer a Copa do Brasil, também esteja entre os primeiros colocados, o que não pode acontecer se o América-MG for campeão, pois está na Série B.

O treinador Marcelo Cabo foi contratado após a saída de Vagner Mancini para o Corinthians e somou 11 pontos de 16 possíveis, incluindo as vitórias sobre Ceará e Fluminense nas últimas rodadas. Apesar da boa campanha do rubro-negro na elite do futebol, o comandante não se empolga ainda com essa possibilidade e prefere lembrar o passado para explicar o presente.

“Hoje eu estou na Série A, mas não posso esquecer de onde eu vim e tudo o que caminhei para chegar até aqui, desde o sub-13 do Olaria em 1999. É mais ou menos o que acontece com o Atlético, o meu primeiro jogo foi um baita resultado contra o Flamengo no Maracanã empatamos jogando bem, mas no jogo seguinte fomos enfrentar o Sport dentro da zona do rebaixamento. É importante que continuamos sonhando, a gente sonha alto, mas essa competição é muito traiçoeira, tem equipes que ficaram 5, 10 jogos sem vencer. O Atlético quando eu cheguei tinha cinco partidas que não vencia, então precisamos ter os pés no chão, saber onde estávamos pouco tempo atrás”, destacou Marcelo Cabo.

Apesar do sonho distante da Libertadores, o Atlético não disputa uma competição internacional desde 2012, quando esteve na Copa Sul-Americana. Foi nessa edição que realizou o único jogo oficial fora do país, quando enfrentar o Universidad Católica-CHI e foi derrotado por 2 a 0 pelas oitavas de final, mas no jogo de volta venceu por 3 a 1 e acabou eliminado pelo gol sofrido como mandante.

“Almejamos chegar aos 45 pontos o mais rápido possível e depois disso vamos pensar em uma competição internacional, mas não podemos deixar o bom momento que estamos vivendo, com o mérito dos jogadores já que eles são os protagonistas. Alguns adversários da parte de trás venceram e se aproximaram um pouco, temos que ter a tranquilidade, manter o equilíbrio, vamos ter um momento histórico no futebol brasileiro, não me lembro de ter viajado ou jogado em época de natal e ano novo. Temos que estar com a luz amarela ligada, para ter muita atenção nesse momento que vamos viver, para não perder o foco e concentração”, completou o treinador.

O rubro-negro entra em campo neste domingo (27) contra o Grêmio, fora de casa, pela 27ª rodada da Série A. Embalado com duas vitórias, o pensamento é de um novo triunfo contra os gaúchos, um dos adversários diretos caso o Atlético queira pensar em Libertadores. Os comandados de Renato Gaúcho está na quinta colocação, com 42 pontos e vem de um empate contra o Sport e uma eliminação na Libertadores para o Santos, enquanto disputa a semifinal contra o São Paulo na Copa do Brasil.

 “Vencemos agora dois grandes adversários, o Ceará fora de casa e o Fluminense que estava brigando pelo G4. Vamos fazer uma preparação para tentar uma vitória lá em Porto Alegre, o Atlético tem um comportamento similar dentro e fora de casa, sabemos da força do Grêmio dentro do estádio, tem uma invencibilidade de mais de 10 jogos na Série A, mas precisamos pensar grande para chegar lá e buscar os três pontos. É uma equipe muito forte e bem treinada pelo Renato [Gaúcho], mas temos que ter ambição, pensar alto e buscar os nosso objetivos”, finalizou Cabo.