Curta-metragem ‘Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui’ retrata diversidade no audiovisual

O curta, dirigido por Érica Sarmet, celebra a diversidade e conta com Zélia Duncan como protagonista

Postado em: 29-07-2022 às 09h03
Por: Lanna Oliveira
Imagem Ilustrando a Notícia: Curta-metragem ‘Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui’ retrata diversidade no audiovisual
A pauta que permeia a ficção pode ser trazida para a realidade| Foto: Divulgação

Entender de onde viemos faz parte do processo de visualizar onde queremos chegar. Essa é a premissa do enredo do curta-metragem ‘Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui’. A produção integra a programação do Cabíria Festival e fica disponível a partir de hoje (29) a domingo (31) na plataforma de streaming Cardume (cardume.tv.br). Protagonizado pela cantora e atriz Zélia Duncan, o filme foi premiado em Sundance e chega com a promessa de dar visibilidade ao protagonismo feminino e à diversidade.

O curta ‘Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui’, dirigido por Érica Sarmet, celebra a representatividade lésbica e conta com Zélia Duncan, como protagonista, Bruna Linzmeyer, Camila Rocha, Clarissa Ribeiro e Lorre Motta no elenco. Suas respectivas personagens se encontram em uma festa e, mais que uma casualidade, essa reunião se configura como um compartilhamento de experiências entre mulheres lésbicas de diferentes gerações. Em meio as suas histórias, elas encontram um lugar comum à todas.

A pauta que permeia a ficção pode ser trazida para a realidade, e como de costume, a arte nos faz pensar sobre assuntos pertinentes à atualidade. Vange, personagem interpretada por Zélia Duncan, divide suas memórias e afetos com as mais jovens, em um reconhecimento às que vieram antes e abriram portas com uma ‘paciência selvagem’. O título do curta vem de um poema de Adrienne Rich, sobre o amadurecimento trazido com o tempo e a percepção de que o passado é parte de quem somos no presente.

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Além desse, outros sete curtas-metragens estão na programação da Mostra Cabíria. Entre eles estão ‘Boa Sorte e Até Breve’, de Bruna Schelb Corrêa; ‘Chão de Fábrica’, de Nina Kopko; ‘Curupira e a máquina do destino’ de Janaina Wagner; ‘Per Capita’, de Lia Letícia; ‘Quando a Noite Chegar, Pise Devagar’, de Gabriela Alcântara; ‘Transviar’, de Maíra Tristão; e por fim, o filme ‘Uma Noite Sem Lua’, de Castiel Vitorino Brasileiro. Mais informações sobre a programação do festival estão disponíveis no site cabiria.com.br.

O festival

O Cabíria Festival Audiovisual é uma expansão do Cabíria Prêmio de Roteiro, que desde 2015 premia roteiros escritos e protagonizados por autoras autoidentificadas mulheres, visando contribuir para sua maior representatividade nas telas e atrás das câmeras. Em seis edições (2016-2021), o prêmio recebeu inscrições de cerca de mil roteiros e premiou 68. O festival impulsiona conteúdos realizados por mulheres e busca agregar expressões, identidades de gênero diversas e comunidades LGBTQIAPN+. 

Desde 2019, mobiliza uma rede de cineastas, storytellers e produtores de conteúdos promovendo um grande encontro entre público, cadeia produtiva e realizadores para a maior representatividade e diversidade no audiovisual. Em sua 4ª edição, entre 27 de julho a 3 de agosto, articula uma programação composta de Mostra de Filmes, encontros profissionais e de formação, premiação e laboratório de roteiros.

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