Senador insinua que a deputada Joice se drogou ou apanhou por trair o marido

Durante uma live, em que o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) relativizava agressões sofridas por uma mulher, afirmando não saber o que ela

Postado em: 26-07-2021 às 09h47
Por: Nielton Soares
Imagem Ilustrando a Notícia: Senador insinua que a deputada Joice se drogou ou apanhou por trair o marido
“Ficou doida e pronto… saiu batendo em casa”, respondeu Styvenson Valentim (Podemos) a um internauta durante uma live | Foto: rede social

Durante uma live, em que o senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) relativizava agressões sofridas por uma mulher, afirmando não saber o que ela teria feito para merecer apanhar, o político debochou do caso da deputada federal Joice Hasselmann (sem partido).

Ao ser questionado por um participante: “E aquela deputada feminista que apareceu com oito fraturas na cara agora, querendo livrar a cara do marido?”. O senador insinuou que poderia ser dois motivos: possível traição dela ao marido ou drogas.

“Aquilo ali, das duas uma. Ou foi (sic) duas de quinhentos (o senador leva as mãos à cabeça, fazendo chifres) ou foi uma carreira muito grande (inspira, como se cheirasse cocaína). Aí ficou doida e pronto… saiu batendo em casa”, responde.

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Deputada espancada

Na última quinta-feira (22/07), a deputada Joice Hasselmann revelou que sofreu um atentado no apartamento funcional em Brasília. O caso, segundo ela, teria ocorrido no sábado (17).

A deputada contou que acordou “em uma poça de sangue” com diversas fraturas pelo corpo, sendo socorrida pelo marido, que dorme em outro quarto separado, por opção do casal. Apenas dois dias depois, Joice procurou atendimento médico.

Em entrevista ao programa Fantástico, da TV Globo, desse domingo (25/07), a deputada apareceu ao lado do esposo, o médico Daniel França. Ela reafirmou que ele não tem nada a ver com a violência e que irá processar todos que fizerem inalações sobre o caso.

Hasselmann disse suspeitar de duas pessoas. Uma delas um parlamentar, que teriam envolvimento no suposto atentado. “Eu tenho uma suspeita e passei para o Depol [Departamento de Polícia Legislativa] o nome de uma pessoa, um grande desafeto político, que tem acesso a esse bloco [o prédio onde vive em Brasília] de maneira muito fácil”, frisou.

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