Um grupo de 103 países, liderados pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE), assinaram um compromisso para reduzir as emissões do metano, potente gás de efeito estufa, em 30% até 2030. O Brasil faz parte do “Compromisso Global de Metano”, segundo anúncio dado nesta terça-feira (02/11).

“Isso vai fazer uma grande diferença. E não apenas quando se trata de combater as mudanças climáticas, como [a presidente da UE, Ursula von der Leyen] apontou. Saúde física dos indivíduos e uma gama de outras coisas. Vai melhorar a saúde, reduzir a asma e emergências respiratórias, e também melhorar o suprimento de alimentos, reduzindo a perda de safras e a poluição no nível do solo”, disse Joe Biden, presidente norte-americano.

O Brasil é considerado um dos cinco maiores emissores do gás no planeta. China, Rússia e Índia, que também estão no topo da lista, se recusaram a assinar o acordo. Apesar de fazer parte dos signatários, o governo brasileiro não apresentou medidas a serem seguidas ou projeções da diminuição. Um dos motivos é a agropecuária, atividade responsável por quase um terço do gás metano no mundo.

Espera-se que a medida gere um resultado rápido na contenção do aumento de temperatura do planeta, uma vez que o gás retém ainda mais calor do que o CO2. Segundo Biden, a redução “vai impulsionar nossas economias, economizando dinheiro para as empresas, reduzindo vazamentos de metano, capturando metano e transformando-o em novas fontes de receita e também criando empregos com bons salários para nossos trabalhadores”.