“Total descaso e falta de respeito”, afirma mineira que aparece em vídeo quebrando guichê da Gol

A mineira Kênia Leandra da Silva Lopes e seu marido, Alexandre Wagner de Almeida Lopes, protagonizaram um vídeo que viralizou nas redes sociais durante o feriado do Dia dos Finados. Nos registros é possível ver o casal gritando e quebrando um guichê da companhia aérea Gol, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. O caso aconteceu na última segunda-feira (01/11).

Veja o vídeo abaixo.

Segundo Kênia, o surto foi motivado pelo descaso da Gol e que qualquer mãe faria o mesmo. “Surtei por descaso da Gol. Uma mãe cansada, com bebê de 5 meses, chorando, sem leite, sem fralda, sem comer, esperando por sete horas em um aeroporto, sem notícias. Qualquer mãe faria o mesmo no meu lugar”, conta.

Em entrevista ao G1, nesta quarta-feira (03/11), a mineira contou ainda que a confusão começou após o cancelamento do voo por conta da impossibilidade de um pouso seguro do avião no Aeroporto de Confins devido à chuva, na segunda-feira. O destino da família era Contagem, em Belo Horizonte, onde moram.

Além disso, Kênia relatou que, após o avião sobrevoar por mais de 20 minutos o aeroporto, os passageiros foram informados que iriam voltar para São Paulo. Ao retornarem para Guarulhos, ela contou que ficaram mais três horas dentro da aeronave sem alimentação e aguardando informações. De acordo com a mineira, os atendentes da Gol não sabiam passar informações e que ninguém sabia como proceder.

“Avião cheio, quente, tinha idosos e crianças no voo, meu filho começou a chorar, eles só ofereciam água para gente. O leite e fraldas da mala de mão acabaram e eles não autorizaram que eu pegasse a bagagem, só liberaram os passageiros saírem do avião quando ligamos para polícia e Anac”, disse.

Ela afirmou também que, como já era madrugada, os passageiros estavam cansados e o filho do casal, de apenas 5 meses, chorava muito e não recebiam informações do que fazer, gerando nela e no marido, um surto. “”Já era de madrugada, mais de sete horas de espera, todos cansados, ver meu filho que sonhei tanto para tê-lo, naquela situação, sem ninguém para nos dar um norte, surtei, surtamos. Gritei, quebrei o acrílico, meu marido viu a cena e também descontrolou e quebrou os outros. Óbvio que erramos e vamos pagar pelo prejuízo, mas estávamos exaustos com o descaso”, contou.

Nos registros, é possível ouvir Kênia gritando para os atendentes que os atendentes colocassem seu filho em um hotel para evitar que ele adoecesse. “Eu gastei R$ 50 mil. Se esse menino adoecer por acontecer alguma coisa com ele, eu juro que eu mato. Coloca meu filho em um hotel”.

De acordo com ela, o casal terá que pagar cerca de R$ 5 mil de prejuízo pela quebra dos guichês e de uma impressora da companhia aérea.

Após a confusão, a família foi levada a um hotel e o voo para Belo Horizonte foi remarcado para a tarde de terça-feira (02/11). Segundo Kênia, quando chegaram para embarcar foram impedidos por quatro atendentes da companhia, que afirmaram que a Gol não aceitaria o casal no voo. “Ficamos constrangidos, os quatro atendentes nos abordaram perto de outras pessoas, tivemos que embarcar na Latam”, disse a mineira.

O casal afirmou que entrará na Justiça contra a Gol e que já foi registrado um boletim de ocorrência. Ela conta que ela, o marido e o filho sofreram demais e que vão atrás dos direitos, e finalizou dizendo que o acontecimento foi “total descaso e falta de respeito”.