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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
Tragédia

Sobe para 13 total de mortos em naufrágio no Pará

Acidente com lancha foi perto da Ilha de Cotijuba.

Postado em 9 de setembro de 2022 por admin

A Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup) confirmou, nesta sexta-feira (9/9), o resgate dos corpos de mais duas vítimas do naufrágio da lancha Dona Lourdes II, que afundou na manhã da última quinta-feira (8), perto da Ilha de Cotijuba, em Belém, no Pará.

Ao menos 13 mortes já tinham sido confirmadas até esta manhã. Entre as vítimas, há dez mulheres, dois homens e uma criança. Nas primeiras horas após o acidente, autoridades chegaram a falar em 14 óbitos, mas, no fim do dia, o governo paraense corrigiu o número, informando que 11 corpos tinham sido localizados até o início da noite de ontem.

Ainda segundo a Segup, nas últimas horas também foram resgatados mais dois sobreviventes do acidente, elevando para 65 o total de pessoas encontradas com vida. Após receberem cuidados médicos e assistência psicossocial, os sobreviventes serão ouvidos pelos responsáveis por investigar o naufrágio.

As autoridades estaduais ainda não sabem ao certo quantas pessoas estavam a bordo da lancha no momento em que ela afundou. Segundo a Segup, embora a lotação declarada fosse de 82 pessoas, incluindo a tripulação, a incerteza decorre do fato de a embarcação funcionar irregularmente, embarcando passageiros em portos clandestinos.

Suspensas durante a noite, as buscas por desaparecidos foram retomadas no início da manhã desta sexta-feira. Onze embarcações e uma aeronave estão percorrendo a região. Oitenta militares da Marinha, incluindo mergulhadores, participam das operações de busca e salvamento.

Irregular

A lancha Dona Lourdes II partiu de um trapiche irregular de Cachoeira do Arari, no arquipélago do Marajó, com destino a Belém. De acordo com a Agência de Regulação e Controle de Serviços Públicos (Arcon), não só a empresa dona da lancha já tinha sido notificada, como a Marinha já a tinha impedido de utilizar outras duas embarcações (Clicia e Expresso) não autorizadas a realizar o transporte de passageiros.

Em nota, a Capitania dos Portos da Amazônia Oriental confirmou as informações da Arcon e acrescentou que instaurou um inquérito e convocará os responsáveis pela empresa proprietária das lanchas a prestar esclarecimentos sobre o acidente.

A Polícia Civil também abriu inquérito policial para investigar o acidente. A reportagem não conseguiu contato com os representantes da empresa.

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