Operação Conjunta prende 18 garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima

Desde o início da operação, 48 prisões foram efetuadas

Postado em: 21-07-2023 às 21h05
Por: Vitória Bronzati
Imagem Ilustrando a Notícia: Operação Conjunta prende 18 garimpeiros ilegais na Terra Indígena Yanomami, em Roraima
As prisões ocorreram em áreas de alta tensão dentro do território indígena | Foto: Ministério da Defesa

Na última quinta-feira (20), a operação conjunta Ágata Fronteira Norte, que envolveu militares das Forças Armadas, agentes da Polícia Federal e servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), resultou na prisão de dezoito garimpeiros envolvidos em atividades ilegais na Terra Indígena Yanomami, localizada em Roraima. As ações também resultaram na destruição de equipamentos ilegais usados pelos garimpeiros na região.

Os garimpeiros investigados foram detidos e encaminhados para a Superintendência da Polícia Federal em Boa Vista, capital de Roraima.

As prisões ocorreram em áreas de alta tensão dentro do território indígena. Na última madrugada, o Exército deteve cinco garimpeiros ao flagrarem eles tentando atravessar sem autorização o Posto de Bloqueio e Controle Fluvial no Rio Uraricoera, que controla a entrada e saída de embarcações na comunidade de Palimiu.

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Um dia antes, na região de Rangel, a operação resultou na prisão de treze garimpeiros e na destruição de três embarcações, seis motores, uma motobomba, um alojamento com cantina, um quadriciclo e um acampamento.

Desde o início da operação, em 21 de junho, a Ágata Fronteira Norte já efetuou 48 prisões. O trabalho conjunto envolve 1.381 militares das Forças Armadas e servidores civis de outros órgãos do Estado Brasileiro. Os equipamentos utilizados na operação incluem 11 aeronaves, um navio patrulha-fluvial e três lanchas blindadas.

Além de combater a atividade ilegal de garimpo, a operação tem como outro objetivo garantir a segurança na região de Homoxi, também no Território Yanomami, onde está situada a Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI). Há seis meses, a unidade, que atendia cerca de 700 indígenas, voltou a funcionar após desativação em 2021 devido a ataques de garimpeiros. A unidade é a única da região.

A Operação Ágata Fronteira Norte representa uma resposta das autoridades brasileiras para enfrentar a exploração ilegal de recursos naturais em terras indígenas, protegendo tanto o meio ambiente quanto a saúde e segurança das comunidades indígenas da região.

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