Estudo revela preocupações sobre a violência infantil no Brasil
Pesquisa aponta a falta de intervenção da sociedade e visões distorcidas sobre a infância
Por: Luana Avelar
Um estudo conduzido pela Fundação José Luiz Egydio Setúbal e o Instituto Galo da Manhã, com o apoio técnico da Vital Strategies Brasil, revelou que seis em cada dez brasileiros optariam por não intervir ao presenciar uma criança sendo agredida por seus pais. Essa constatação levanta sérias preocupações sobre a resposta da sociedade diante de casos de violência infantil.
O relatório também destaca percepções curiosas relacionadas à transição da infância para a adolescência. A pesquisa revela que uma parcela significativa dos entrevistados acredita que envolvimento em atividades como assalto (38%) ou tráfico de drogas (36%) faz com que uma pessoa deixe de ser considerada criança. Essa visão é ainda mais pronunciada nas regiões Sul (42%) e Sudeste (44%) do país.
A pesquisa explora a visão sobre o trabalho infantil e a responsabilidade doméstica. Enquanto 46% dos entrevistados concordam que crianças ou adolescentes podem ter empregos de meio período, 40% acreditam que eles também podem assumir responsabilidades como cozinhar, lavar roupas e cuidar dos irmãos.
