Dólar sobe para R$ 5,06 após dados de empregos no Estados Unidos

Com o desempenho de hoje, o dólar alcançou seu maior valor desde 13 de outubro do ano anterior

Postado em: 06-04-2024 às 10h11
Por: Matheus Santana
Imagem Ilustrando a Notícia: Dólar sobe para R$ 5,06 após dados de empregos no Estados Unidos
Com o desempenho de hoje, o dólar alcançou seu maior valor desde 13 de outubro do ano anterior. Na semana, a moeda norte-americana registrou um aumento de 0,99% | Foto: Agência Brasil / Valter Campanato

Em um dia marcado por grandes movimentações nos mercados globais, o dólar encerrou as negociações atingindo o maior nível em quase seis meses. A bolsa de valores registrou queda, acumulando uma perda de 1,02% na semana.

O dólar comercial fechou esta última sexta-feira (5) sendo negociado a R$ 5,065, registrando um aumento de R$ 0,024 (+0,29%). Inicialmente, a cotação chegou a começar o dia em declínio, atingindo R$ 5,03 nos primeiros minutos de negociação, mas rapidamente disparou após a divulgação dos dados do mercado de trabalho nos Estados Unidos. No pico do dia, por volta das 13h30, a moeda ultrapassou a marca dos R$ 5,07.

Com o desempenho de hoje, o dólar alcançou seu maior valor desde 13 de outubro do ano anterior. Na semana, a moeda norte-americana registrou um aumento de 0,99%, marcando a quinta semana consecutiva de ganhos, e acumula uma valorização de 4,37% ao longo de 2024.

Continua após a publicidade

O mercado de ações também enfrentou um dia tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou em 126.795 pontos, com uma queda de 0,5%. No acumulado do ano, a bolsa de valores apresenta uma retração de 5,51%. Durante a semana, o Ibovespa teve ganhos na última terça-feira (2) e quinta-feira (4), mas registrou perdas na segunda-feira (1º), quarta-feira (3) e sexta-feira.

Nos últimos dias, os mercados financeiros globais têm enfrentado momentos de tensão devido à divulgação de dados que indicam um aquecimento na economia norte-americana. Nesta sexta-feira, foi divulgado que os Estados Unidos criaram 303 mil empregos em março, superando as expectativas.

O sólido desempenho da maior economia do mundo aumenta as chances de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) só inicie a redução das taxas de juros em julho. Taxas de juros elevadas em economias desenvolvidas estimulam a retirada de capital de economias emergentes, como o Brasil, pressionando tanto o dólar quanto a bolsa de valores.

Veja Também