6 livros muito bons de autores goianos

Te convido a sair da sua zona de conforto e se aventurar por autores goianos

Postado em: 10-10-2023 às 19h06
Por: Maria Gabriela Pimenta
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A autora goiana mais famosa é Cora Coralina | Foto: reprodução

O mês de outubro é o mês do aniversário de Goiânia! E nada melhor do que homenagear essa capital tão especial reconhecendo e prestigiando autores incríveis que nasceram no estado de Goiás.

1 – A Confissão, Flávio Carneiro

Ele a aborda no trânsito, interceptando o carro que ela dirige. Tem nas mãos uma arma e, com um pano embebido em clorofórmio, faz com que ela adormeça. Ela acorda amarrada em uma cadeira e logo percebe que está em um cômodo especialmente projetado para que nenhum ruído, ou mesmo um grito de pavor, possa ser ouvido do lado de fora. Na sua frente, apenas aquele homem que nunca vira antes. Ele não quer dinheiro. Uma coisa é certa: sua motivação é obscura, assim como a história que irá narrar em um monólogo fascinante e assustador. Mas ela não está ali apenas para ouvi-lo – há mais por acontecer. Aquele homem precisa retomar algo que perdeu há muito tempo, e ela lhe servirá de escada. Mas por que justamente aquela mulher? Deve estar tudo escrito em algum lugar, ele diz, não adianta chiar ou se lamentar.

Flávio Carneiro dá voz a um grande personagem, um homem sem nome, atormentado e sedento por narrar os acontecimentos inexplicáveis de seu passado. Erigido em uma prosa ao mesmo tempo delicada e crescentemente carregada de tensão, “A Confissão” é mais do que um thriller policial de primeira linha. É uma viagem às profundezas da mente de um homem partido e incapaz de sentir medo. Nós, os leitores, seremos as testemunhas do encontro entre esses dois personagens e, de alguma forma, também seus algozes e vítimas.

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2 – Tudo por uma vingança, Taíssa Queiroz

Sempre sonhamos em encontrar o nosso amor verdadeiro, aquele tipo de amor que nunca nos deixará. Para Leah não era diferente. O que não sabemos é que com esse amor podem vir dores e mágoas. Será que o amor é páreo para o que der e vier? Ou será que nem sempre é o que sonhamos? Nesse livro, veremos o que esses personagens passarão em busca desse amor.

3 – gynsualinda, Wellington Martins

A fotografia é, para Wellington Martins, a linguagem artística responsável pela redescoberta afetiva de Goiânia. Com a câmera do celular, primeiro ele registrou imagens no percurso entre casa e trabalho, trabalho e casa. Olhar desperto, revisitou o Centro da cidade, sobrepondo a memória de infância e a emoção do encontro com o presente. Foi durante a pandemia da Covid-19 que se deixou perder na paisagem da periferia. Neste período, sem a habitual ocupação de pessoas e carros, Goiânia se revelou para ele como é: linda.

4 – Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais, Cora Coralina

Livro de estreia de Cora Coralina, publicado quando a autora tinha 75 anos, “Poemas dos becos de Goiás e estórias mais”, teve imensa receptividade popular. Suas poesias versam sobre o cotidiano e inquietações humanas. Com simplicidade de expressão, amor pelo semelhante e comunicação humana, a autora se impôs como uma personalidade forte, sabendo dizer as coisas como só ela.

5 – Tropas e Boiadas, Hugo de Carvalho Ramos

Coletânea de contos que retrata o sertão goiano com toda a sua violência – ora explícita na truculência dos coronéis e nas consequências da escravidão, ora contida nos costumes, na religiosidade, na conduta das personagens. A obra apresenta o universo sertanejo a partir da narrativa regionalista descrevendo de maneira poética a realidade do homem goiano, suas tradições, seus costumes, seu imaginário popular, ao mesmo tempo questionando as condições de vida dos personagens. Procura colocar no mapa do Brasil uma região ainda inóspita, pouco povoada e marcada por distâncias e melancolias.

6 – À sombra de Eva, Darcy França Denófrio

A temática predominante nos poemas de Darcy França Denófrio alia sentimentos de seu próprio estar no mundo como mulher e reflexões mais amplas, sobre a condição das mulheres hoje e no passado. Sua linguagem precisa e delicada, que às vezes se oculta em metáforas, é enxuta, diz o máximo com o mínimo.

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