10 livros bons e engraçados para dar gargalhadas enquanto lê

Que tal um momento de alegria e descontração?

Postado em: 18-04-2024 às 15h01
Por: Eduarda Leão
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| Foto: FreePik

Quem não ama um bom livro de humor, cheio de motivos para dar risada e esquecer um pouco a vida corrida? Bom, foi pensando em um tempo de qualidade para distrair e relaxar que o “O Hoje” separou essa lista incrível e muito divertida, confira:

A Extraordinária Viagem do Faquir Que Ficou Preso Em um Armário, Romain Puértolas

A figura de um faquir está associada à meditação, ao treinamento e à magia. Mas, no caso de Ajatashatru Ahvaka Singh, é mais provável que o público se depare com truques e trapaças. A última de suas artimanhas foi convencer sua aldeia a pagar por uma viagem a França para adquirir a Camadepregösa, um modelo de cama de pregos vendida pela Ikea. Só que ele não contava em ficar preso dentro de um dos armários da loja. Nem que o móvel seria despachado para outro país. Assim, o faquir e seu turbante partem para uma aventura, ainda que involuntária, pelo mundo, fazendo uma horda de inimigos, alguns amigos e aprontando muitas confusões pelo caminho.

A troca, Beth O’leary

Leena Cotton tem 29 anos e sente que já não é mais a mesma. Eileen Cotton tem 79 e está em busca de um novo amor. Tudo de que neta e avó precisam no momento é pôr em prática uma mudança radical. Então, para colocar suas respectivas vidas de volta nos trilhos, as duas têm uma ideia inusitada: trocar de lugar uma com a outra.

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Leena sabe que precisa descansar, mas imagina que a parte mais difícil será se adaptar à calmaria da cidadezinha onde a avó mora. Cadastrada em um site de relacionamentos, Eileen por sua vez embarca na aventura com a qual sonha desde a juventude. Dividindo o apartamento com dois amigos da neta, ela logo percebe que na cidade grande suas ideias mirabolantes não são tão complicadas assim.

Ao trocar não só de casas, mas de celulares e computadores, de amigos e rotinas, Leena e Eileen vão descobrir muito mais sobre si mesmas do que imaginam. E se tudo der certo, talvez destrocar não seja a melhor solução.

Cadê você Bernadette?, Maria Semple

Bernadette Fox é notável. Aos olhos de seu marido, guru tecnológico da Microsoft e rock star do mundo nerd, ela se torna mais maníaca a cada dia; para as demais mães da Galer Street, escola liberal frequentada pela elite de Seattle, ela só causa desgosto; os especialistas em design ainda a consideram uma gênia da arquitetura sustentável, e Bee, sua filha de quinze anos, acha que tem a melhor mãe do mundo. Até que Bernadette desaparece do mapa.

Tudo começa quando Bee mostra seu boletim (impecável) e reivindica a prometida recompensa: uma viagem de família à Antártida. Mas Bernadette tem tal ojeriza a Seattle – e às pessoas em geral – que evita ao máximo sair de casa, e contratou uma assistente virtual na Índia para realizar suas tarefas mais básicas. Uma viagem ao extremo sul do planeta é uma perspectiva um tanto problemática.

Para encontrar sua mãe, Bee compila e-mails, documentos oficiais e correspondências secretas, buscando entender quem é essa mulher que ela acreditava conhecer tão bem e o motivo de seu desaparecimento.

Maria Semple revela, em seu segundo romance, a influência de grandes escritores contemporâneos como Jonathan Franzen e Jeffrey Eugenides, ao mesmo tempo que se afirma como uma voz original, marcada pelo melhor humor das séries de TV norte-americanas. Sem sentimentalismos, mas com muita empatia, Cadê você, Bernadette? trata do amor incondicional de uma filha por sua mãe imperfeita.

Holy Cow: Uma Fábula Animal, David Duchovny

Uma aventura irreverente criada pelo astro de Arquivo X com muita personalidade e uma heroína quadrúpede inesquecível Elsie Bovary é uma vaca muito feliz em sua bovinidade. Até o dia que resolve sair sorrateiramente do pasto e se vê atraída pela casa da fazenda. Através da janela, observa a família do fazendeiro reunida em volta de um Deus Caixa luminoso – e o que o Deus Caixa revela sobre algo chamado “fazenda industrial” deixa Elsie e tudo o que ela sabia sobre seu mundo de pernas para o ar.

A única saída? Fugir para um mundo melhor e mais seguro. Assim, um grupo para lá de heterogêneo é formado: Elsie; Shalom, um porco rabugento que acaba de se converter ao judaísmo; e Tom, um peru tranquilão que não sabe voar, mas que com o bico consegue usar um iPhone como ninguém.

Munidos de passaportes falsos e disfarçados de seres humanos, eles fogem da fazenda e é aí que a aventura deles alça voo – literalmente. Elsie é uma narradora marrenta e espirituosa; Tom dá conselhos psiquiátricos com um sotaque alemão um tanto forçado; e Shalom, sem querer, acaba unindo israelenses e palestinos. As criaturas carismáticas de David Duchovny indicam o caminho para um entendimento e uma aceitação mútuos dos quais esse planeta tanto precisa.

Azul da Cor do Mar, Marina Carvalho

Acaso, Destino Ou Loucura? No caso de Rafaela, pode ser tudo isso junto. Para alguém como ela, nada é impossível. Rafaela sonha desde a adolescência com o garoto que viu uma vez, perto do mar, carregando uma mochila xadrez… A ideia fixa não a impediu, porém, de ser uma menina alegre e muito decidida. Ela quer ser jornalista, e seu sonho está se concretizando: Rafaela Vilas Boas (um nome tão imponente para alguém tão desajeitado) conseguiu um estágio no melhor jornal de Minas Gerais.

Mas, como estamos falando da Rafa, alguma coisa tinha que dar errado. O jornal é mesmo incrível, mas seu colega de trabalho, Bernardo, não é a pessoa mais simpática do mundo. Em meio a reportagens arriscadas – e alguns tropeços –, Bernardo acaba percebendo, contra a sua vontade, que Rafaela leva jeito para a coisa… E que eles formam uma dupla de tirar o fôlego. Mas e a mochila? E o garoto, o envelope, as cartas? Um dia a estabanada Rafaela vai ter que se libertar dessa obsessão.

Galvez, Imperador do Acre, Márcio Souza

Lançado em 1976, Galvez, imperador do Acre , é o livro de estreia de Márcio Souza, romancista, dramaturgo e diretor de teatro, autor do romance Mad Maria , que foi adaptado para a televisão em minissérie da Rede Globo em 2003.

Em Galvez , Márcio Souza retrata uma Amazônia no final do século XIX, tempo em que a demanda da borracha se multiplicou com o avanço da revolução industrial, provocando o boom amazônico, que transformou Manaus em capital da selva, meca de caçadores de fortuna, políticos corruptos, prostitutas, visionários e aventureiros. Um desses, andaluz de Cádiz, impenitente amante e, segundo suas próprias palavras, “espanhol da geração melancólica”, protagonizará a conquista e a consagração do efêmero império do Acre: é dom Luiz Galvez Rodrigues de Aria, um dos homens mais astutos que o mundo já conheceu. Invulnerável aos golpes do destino ― emboscadas e malárias, dilúvios, canibais e flechas, amores eclesiásticos e amizades equívocas ―, Galvez enfrentará, no entanto, um clássico golpe de Estado contra sua coroa de lata.

Aclamado pela crítica nacional e internacional, o livro é um romance humorístico de alta qualidade literária e que, ao mesmo tempo, evidencia a capacidade do autor de refletir, no relato de acontecimentos do passado, sobre o presente caótico das realidades amazônica, brasileira e latino-americana.

“Vertiginoso, alucinante folhetim, no qual a Amazônia se revela em seus furores e perigos. Da polêmica entre o autor e seu herói, nasce um louco riso desabusado, ululante de autenticidade. (…) Um romance novo, bálsamo que recusa toda a classificação. (…) Acusação vibrante e crua, ele denuncia as feridas das quais escorrem, misturados, o sangue dos homens e o látex.” – Jorge Amado

“É divertido, fluente, satírico. É provocador.” – Ignácio de Loyola Brandão

“Ninguém deve temer a possibilidade de que o fluxo de admiráveis romances latino-americanos esteja secando. Este romance do brasileiro Márcio Souza traz a garantia de sua aparente inesgotável vitalidade, pois o livro é ao mesmo tempo uma delícia de comicidade e um conjunto de pouco prováveis, meio verdadeiras, aventuras – recontadas com perícia e economia.” – The New Yorker

“Uma delícia…” – The New York Times

“Márcio Souza merece nosso aplauso.” – The New York Times Book Review

O pau, Fernanda Young

Diz a crença popular que a vingança é um prato que se come frio. Em O pau, Fernanda Young fala do tema ao contar a história de Adriana, uma bela designer de jóias que descobre sinais da traição do namorado, 14 anos mais novo. Ao longo das páginas, a escritora usa o humor ácido que a consagrou como redatora de sucessos como Os normais para derrubar a teoria freudiana da inveja do pênis.

Linda, bem nascida e com uma carreira de sucesso, Adriana tem 38 anos e sofre com as inseguranças que atingem boa parte das mulheres de sua idade. O corpo, embora cuidado com esmero, não tem mais a firmeza encontrada nas meninas de 20. No rosto, começam a despontar as primeiras marcas de expressão, e temores como o aumento do grau dos óculos para vista cansada são uma constante.

Por dentro, as marcas de sucessivas decepções amorosas a tornaram extremamente desconfiada. Nesse contexto, entra na vida da designer de jóias um jovem ator de 24 anos. Bonito, com um corpo malhado e, para completar, se dizendo completamente apaixonado por ela. Mesmo sem querer acreditar muito que possa ser verdade, Adriana termina embarcando na história, dizendo a si mesma que não é amor o que sente, está só aproveitando a chance de desfilar por aí na companhia de um belo rapaz, ainda por cima mais novo, que está ao seu lado porque tem a chance de aprender sobre o mundo e levar uma vida melhor.

Afinal, segundo ela, suprir mútuas necessidades é a base do sucesso da maioria dos casais. Tudo parece ir bem até uma noite em que, acordada sozinha na sala da casa do namorado, ouve o celular dele apitar com uma mensagem de um remetente sem nome. Em poucos minutos, a desconfiança de Adriana cresce e ela descobre a identidade de quem mandou o torpedo: uma modelo e atriz que diz ter 21 anos. Diante dos sinais de traição, a designer monta um elaborado plano de vingança, com o objetivo de destruir ‘aquilo’ que a maioria dos homens mais preza na própria anatomia.

 Como Ser Mulher – Um divertido Manifesto Feminista, Caitlin Moran

Nunca houve época melhor para ser mulher. Elas podem votar, têm a pílula, estão no topo das paradas musicais, são eleitas presidentes e primeiras-ministras e não são acusadas de bruxaria e queimadas desde 1727.

Entretanto, algumas perguntinhas incômodas persistem: Os homens no fundo as odeiam? Como elas devem chamar os próprios peitos? Por que as calcinhas estão ficando cada vez menores? E por que as pessoas insistem em perguntar quando elas vão ter filhos? Em Como ser mulher, Caitlin Moran responde a essas e muitas outras perguntas que mulheres modernas no mundo todo estão se fazendo.

Auto da Compadecida, Ariano Suassuna

Auto da Compadecida representa o equilíbrio perfeito entre a tradição popular e a elaboração literária ao recriar para o teatro episódios registrados na tradição popular do cordel.

É uma peça teatral em forma de Auto em 3 atos, escrita em 1955 pelo autor paraibano Ariano Suassuna. Sendo um drama do Nordeste brasileiro, mescla elementos como a tradição da literatura de cordel, a comédia, traços do barroco católico brasileiro e, ainda, cultura popular e tradições religiosas.

Apresenta na escrita traços de linguagem oral [demonstrando, na fala do personagem, sua classe social] e apresenta também regionalismos relativos ao Nordeste. Esta peça projetou Suassuna em todo o país e foi considerada, em 1962, por Sábato Magaldi “o texto mais popular do moderno teatro brasileiro”.

Em 2000, inspirou o filme homônimo estrelado por Selton Melo e Matheus Nachtergaele e dirigido por Guel Arraes. Por muito tempo, a adaptação audiovisual foi a maior bilheteria do cinema brasileiro. 

Meu Coração de Pedra-Pomes, Juliana Frank

Lawanda trabalha num hospital, mas não está ali para lidar com os pacientes – não oficialmente, pelo menos. Ela é uma das encarregadas da limpeza e vive sob a fiscalização da insuportável Lucrécia, que insiste em controlar seus horários e reclamar de seus atrasos. Mas, como os serviços de faxina são muito mal pagos, Lawanda precisa de outros meios para conseguir comprar os besouros que coleciona (ainda que sua mãe preferisse que ela poupasse para adquirir um apartamento).

Assim, presta pequenos serviços escusos aos internos do hospital. Ela também é colecionadora de borboletas, que costura com esmero em suas calcinhas, sempre usando a linha da mesma cor das asas. Faz esta e outras macumbas para que seu amado José Júnior largue a mulher de uma vez e fique só com ela. Na cama, Lawanda sabe que é imbatível, mas a pressão das tias velhas é grande e o rapaz tem dificuldades de se libertar. Com humor sagaz e desbocado, Juliana Frank narra as várias facetas do universo fantástico dessa jovem mulher que foge a todas as convenções.

Elogiada por escritores como Clara Averbuck e Reinaldo Moraes (Juliana é inclusive uma das roteiristas do filme Pornopopeia, inspirado no livro de Reinaldo), a autora se firma na nova cena literária brasileira com seus escritos polêmicos, que vão desde as memórias de uma ex-atriz pornô – uma “filosoquenga”, segundo ela – até as mais variadas formas de loucuras e taras de toda sorte.

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