ONU defende direito ao aborto em países atingidos pelo Zika

O alto-comissário de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Zeid Ra’ad Al Hussein, defendeu que países com surto do vírus autorizem o direito ao aborto para gestantes infectadas

Postado em: 05-02-2016 às 17h24
Por: Redação
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O alto-comissário de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Zeid Ra’ad Al Hussein, defendeu que países com surto do vírus autorizem o direito ao aborto para gestantes infectadas

O alto-comissário de Direitos Humanos da Organização das
Nações Unidas (ONU), Zeid Ra’ad Al Hussein, defendeu hoje (5) que países com
surto do vírus Zika autorizem o direito ao aborto em casos de infecção em
gestantes, uma vez que o quadro pode estar relacionado ao aumento de bebês
diagnosticados com microcefalia.

Segundo Hussein, garantir os direitos humanos de mulheres
nesse contexto é essencial para que a resposta à emergência em saúde pública
relacionada ao Zika seja efetiva. “Isso requer que os governos garantam às
mulheres, homens e adolescentes o acesso a informações e serviços de saúde
reprodutiva e sexual abrangentes e de qualidade, sem discriminação”, disse,
durante coletiva de imprensa em Genebra.

Ainda de acordo com o porta-voz da ONU, os serviços em
questão envolvem a contracepção (incluindo a oferta de pílula do dia seguinte),
a saúde materna e o aborto seguro e legal. “Claramente, conter a epidemia de
Zika é um grande desafio para os governos na América Latina”, disse. “Entretanto,
a orientação de alguns governos para que mulheres adiem a gravidez ignora a
realidade de que muitas delas simplesmente não podem exercer controle sobre
quando e em que circunstâncias ficar grávida.”

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Por meio de nota, a própria ONU reforçou que, em meio à
contínua propagação do vírus Zika pelo mundo, autoridades devem garantir que as
respostas em saúde pública estejam em conformidade com suas obrigações no campo
de direitos humanos. A entidade destacou ainda que uma relação causal entre os
casos de infecção pelo vírus, a microcefalia e casos de Síndrome de
Guillain-Barré ainda estão sendo investigados. (Agência Brasil)

Foto: reprodução

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