Trump rebate questionamento de juízes

Um dia depois de o governo dos Estados Unidos ser duramente questionado por três juízes da Corte Federal de Apelação de São

Postado em: 09-02-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa

Um dia depois de o governo dos Estados Unidos ser duramente questionado por três juízes da Corte Federal de Apelação de São Francisco, na Califórnia, por ter assinado uma ordem executiva proibindo a entrada nos EUA de pessoas provenientes de sete países muçulmanos, o presidente Donald Trump rebateu a atitude dos magistrados e classificou as perguntas de “políticas”.

Durante um discurso para funcionários da polícia, em Washington, capital, ontem, Trump disse que são “vergonhosos” os argumentos apresentados por quem se manifestou contra o seu veto.

Na noite de anteontem (7), durante audiência acompanhada com grande interesse pela mídia norte-americana, a Corte de São Francisco – conhecida pelo nome de Nono Circuito, por abranger uma região do Oeste e Noroeste dos Estados Unidos – ouviu os argumentos do governo federal em favor do restabelecimento do veto. O tribunal ouviu também as razões da Procuradoria do Estado de Washington, responsável pelo questionamento jurídico que colocou Trump pela primeira vez na defensiva, desde que ele assumiu a Presidência em 20 de janeiro.

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No fim da audiência, a comissão informou que deve resolver ainda esta semana se mantém a decisão da primeira instância, que suspendeu a medida, ou se restabelece o veto para a entrada de refugiados e cidadãos provenientes de sete nações muçulmanas.

Ontem (8), Trump comentou o questionamento que os juízes fizeram à sua proibição. “Eu ouvi coisas que eu não podia acreditar, coisas que realmente não tinham nada que ver com o que eu [defendo]. Eu jamais gostaria de chamar a corte de tendenciosa, então eu não vou chamá-lo de tendenciosa. E ainda não tivemos uma decisão. Mas… seria tão grandioso para o nosso sistema de Justiça que eles fossem capazes de ler uma declaração [a ordem executiva] e fazer o que é certo”, disse.

Trump disse também que a ordem executiva está dentro de suas atribuições como presidente. Mesmo “um mau estudante de escola secundária entenderia isso”, acrescentou. (Abr) 

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