Guterres enfrenta desafios na entidade

Pouco mais de um mês após assumir, no dia 1º de janeiro, o posto de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU),

Postado em: 14-02-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Pouco mais de um mês após assumir, no dia 1º de janeiro, o posto de secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o português António Guterres deu partida a um mandato de cinco anos enfrentando crises globais de terrorismo, refugiados, mudanças climáticas e conflitos armados na Síria, Iêmen, Sudão do Sul, Líbia e outros países. As informações são da agência de notícias chinesa Xinhua.

O ex-chefe da agência de refugiados da ONU tem que lidar com o pouco interesse no multilateralismo demonstrado recentemente por alguns líderes ocidentais. Entretanto, Guterres, mediante árduo trabalho e sabedoria política, tem provado estar qualificado para exercer a tarefa de “moderador mundial”, como previsto pelo presidente dos Estados Unidos (EUA), Franklin D. Roosevelt, um dos idealizadores da Organização das Nações Unidas, em 1945.

É consenso que Guterres enfrenta hoje desafios muito mais sérios que os seus predecessores. A crise dos refugiados tem assumido grandes proporções, e a ONU calcula que uma em cada 113 pessoas no mundo hoje é um refugiado. O terrorismo é outro pesadelo, que tem causado distúrbios e pânico generalizado em todo o mundo.

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Além disso, a xenofobia e o racismo estão ganhando impulso em alguns países e regiões, diminuindo o papel do multilateralismo. Do ponto de vista ambiental, as mudanças climáticas, o aumento da população, o desmatamento, a poluição e a escassez de recursos naturais e água aumentam a problemática e as turbulências globais.

Apelo à paz

Em seu primeiro dia no comando da ONU, Guterres prometeu fazer de 2017 um ano para a paz. “Peço a todos que se juntem a mim para fazer uma resolução compartilhada de Ano-Novo: vamos colocar a paz em primeiro lugar”, disse.

Apelando para que o mundo “se esforce para superar as diferenças”, Guterres, de 67 anos, terminou sua mensagem com uma nota sobre a responsabilidade pessoal, dizendo: “Tudo o que nós nos esforçamos para dar às famílias – dignidade e esperança, progresso e prosperidade – depende da paz, mas a paz depende de nós.”

O apelo do chefe da ONU ganhou aplausos, na medida em que o mundo está sendo despedaçado por ataques terroristas aqui e ali, comentou Liu Tiewa, vice-diretora do Centro de Pesquisa das Nações Unidas e Organizações Internacionais da Universidade de Estudos Estrangeiros de Pequim. “O que o mundo mais precisa é paz,” disse ela. (Agência Brasil) 

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