Empoderamento passa pela área de educação

A educação de alta tecnologia para mulheres é meio fundamental para assegurar a participação feminina na atual economia digital, disse Lakshmi Puri,

Postado em: 10-03-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa

A educação de alta tecnologia para mulheres é meio fundamental para assegurar a participação feminina na atual economia digital, disse Lakshmi Puri, diretora executiva adjunta da Organização das Nações Unidas (ONU).

Em entrevista à agência Xinhua, Puri afirmou que as mulheres precisam ser educadas com habilidades relacionadas à TIC (tecnologia da informação e comunicação),  para ter acesso a empregos decentes e permanecer competitivas no mercado de trabalho. Educação em ciência, tecnologia, engenharia e matemática pode equipar as mulheres para atender às demandas do mercado de trabalho e capacitá-las economicamente, acrescentou.

O empoderamento econômico feminino foi o foco principal do Dia Internacional da Mulher, celebrado anteontem (8). A data foi comemorada pela ONU com o tema “Mulheres no Mundo em Mudança do Trabalho: Planeta 50-50 até 2030”, pedindo transformações em todos os países.

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Puri disse ainda que o empoderamento econômico significa que as mulheres podem ter igual acesso à terra, à propriedade, a ativos e recursos produtivos, a serviços essenciais e infraestruturas. Isso também significa, segundo ela, que as mulheres podem ter as mesmas oportunidades de empregos decentes, treinamento ocupacional, bem como emprego pleno e produtivo. “Se não temos o empoderamento econômico das mulheres, não podemos capacitá-las para desfrutar de seus direitos iguais em outras áreas,” observou.

Ela lembrou que as mulheres em todo o mundo enfrentam múltiplos desafios no local de trabalho, incluindo diferenças salariais em relação aos homens, estereótipos de gênero, segregação ocupacional e obstáculos na promoção.

As estatísticas do Banco Mundial mostram que, globalmente, as mulheres recebem menos do que os homens. Na maioria dos países, elas ganham, em média, apenas 60% a 75% dos salários masculinos. Além disso, assumem responsabilidade desproporcional em atividades não remuneradas: dedicam de uma a três horas a mais por dia ao trabalho doméstico. (Abr)

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