Ex-presidente da Coreia do Sul é interrogada pela primeira vez na prisão

Park Geun-hye foi presa preventivamente na última sexta-feira (31)

Postado em: 04-04-2017 às 08h10
Por: Renato
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Park Geun-hye foi presa preventivamente na última sexta-feira (31)

Os promotores começaram hoje (4) a interrogar a
ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, pela primeira vez desde que ela
foi presa preventivamente na última sexta (31), por sua participação no esquema
de corrupção que ficou conhecido como “Rasputina”. A informação é da
Agência EFE.

Os investigadores seguiram para o Centro de Detenção, a
cerca de 15 quilômetros de Seul, e começaram a interrogar Park – que perdeu a
imunidade presidencial ao ser destituída pelo Tribunal Constitucional no último
dia 10 de março.

A promotoria decidiu fazer o interrogatório na prisão com o
objetivo de evitar o esquema de segurança necessário para que a ex-presidente,
a primeira mulher a comandar o país, se deslocasse até o centro da capital.

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Antes de começar o interrogatório, os representantes do
Ministério Público explicaram, em declarações citadas pela imprensa sul-coreana,
que por causa dos horários da prisão, a sessão de perguntas de hoje não poderá
durar mais do que oito horas.

A promotoria informou que planeja interrogá-la mais três ou
quatro vezes, antes de oficializar as acusações contra ela, por volta do dia
15, para evitar que o processo coincida com o início, no dia 17, da campanha
para as eleições presidenciais.

No dia 21 de março, Park, que sempre negou participação no
caso, foi interrogada pela primeira vez pelos promotores durante mais de 20
horas.

Dez dias depois, um tribunal de Seul a interrogou durante
mais nove horas, antes de conceder o mandado de prisão preventiva, solicitado
pela promotoria.

Os promotores devem apresentar 13 acusações contra a
ex-presidente, entre elas a de abuso de poder, coação e suborno, crime em que,
na Coreia do Sul, a pena é de, no mínimo, dez anos de prisão, chegando à prisão
perpétua.

Os investigadores consideram que Park confabulou com sua
amiga Choi Soon-sil, conhecida como a “Rasputina” por sua influência
sobre a ex-presidente, para criar uma rede que extorquiu US$ 70 milhões de
empresas.

Foto: Reprodução

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