Porto Rico decide ser 51º estado americano

Através de plebiscito, população do país opta pela união; agora medida depende de aprovação dos EUA

Postado em: 13-06-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Através de plebiscito, população do país opta pela união; agora medida depende de aprovação dos EUA

Eleitores de Porto Rico foram às urnas no último domingo (11) para que a ilha se torne o 51º estado dos Estados Unidos. A abstenção no plebiscito foi alta, mas mesmo assim 98% dos moradores da ilha disseram sim à união com Washington.  

Mesmo assim o cenário é indefinido para a ilha caribenha. De um total de 2,2 milhões de eleitores registrados, cerca de meio milhão saiu para votar na consulta.

O referendo foi realizado sem o aval do Departamento de Justiça norte-americano. Até o momento, a Casa Branca não se pronunciou sobre o resultado.

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A votação aconteceu no mesmo dia do tradicional desfile anual em Nova York. No segundo domingo de junho, os portorriquenhos residentes na cidade vão ao Central Park (o parque mais visitado da cidade) para celebrar o Dia de Porto Rico, que é um território sem personalidade jurídica, vinculado aos Estados Unidos.

Este ano, além da tradicional festa com música e danças,  os portorriquenhos protestaram por melhores condições de vida e saúde e pediram uma solução para a situação econômica da ilha que acumula uma alta dívida externa.

Porto Rico foi tomada da Espanha pelos Estados Unidos, mas depois recebeu o estatuto de “estado livre associado”, o que significa que os cidadãos também são americanos, mas com algumas ressalvas. A população não pode votar, a menos que resida nos Estados Unidos.

Mesmo com o referendo, a última palavra será de Washington: a aceitação de Porto Rico como estado depende de aprovação do Congresso norte-americano, onde o partido republicano de Donald Trump tem maioria no Senado e na Câmara.

A gestão do presidente Trump tem apontado para um distanciamento dos latinos, com medidas como a construção de um muro na fronteira com o México e o endurecimento das leis de imigração. O presidente Donald Trump não fez nenhum comentário sobre o referendo até agora.

Mas em abril, antes de enviar a proposta orçamentária ao congresso,  Trump reclamou dos gastos com a ilha, por exemplo, o Obamacare, como ficou conhecido o programa de subsídios do governo para ajudar famílias a pagar um plano de saúde, que atendia 900 mil portorriquenhos. (Agência Brasil)

 Promotores denunciam Donald Trump 

Os promotores-gerais de Maryland, Brian Frosh, e do Distrito de Colúmbia, Karl Racine, apresentaram ontem uma denúncia contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por receber dinheiro de governos estrangeiros por negociações das quais ele não se desvinculou totalmente. As informações são da agência EFE.

Em coletiva de imprensa em Washington, Racine disse que o processo foi aberto na manhã de ontem em um tribunal federal por “flagrante violação” de Trump das provisões constitucionais contra a influência do dinheiro de interesses estrangeiros ou nacionais.

Eles consideram que “nunca antes” um presidente teve uma conjunção tão grande de interesses econômicos dos quais não se desvinculou, o que coloca a democracia em risco.

Frosh, por sua vez, espera que, eventualmente, os tribunais ou o Tribunal Supremo criem precedentes e determinem por lei que Trump deve fazer mais para se desligar dos seus negócios. O presidente já renunciou de todas as suas responsabilidades na Trump Organization.

Para os dois promotores-gerais, Trump está violando as cláusulas da Constituição, já que alguns governos, como o da Arábia Saudita por exemplo, estão melhorando as relações com a Casa Branca com gastos de milhares de dólares nos hotéis de Trump, como o Trump International Hotel, no centro de Washington.

Trump considera que sua saída dos postos de responsabilidade da Trump Organization e o seu compromisso de não falar de negócios com os filhos seriam suficientes para evitar conflitos de interesses. (Abr)

 

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