Nações estão sob ameaça

Aumenta o risco de terroristas obterem armas de destruição em massa, alerta ONU

Postado em: 29-06-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Aumenta o risco de terroristas obterem armas de destruição em massa, alerta ONU

A Organização das Nações Unidas alertou ontem que o risco de grupos terroristas conseguirem armas de destruição em massa está aumentando e pediu à comunidade internacional mais esforços para evitar que isso aconteça. A informação é da agência EFE.

A responsável por assuntos de Desarmamento da ONU, Izumi Nakamitsu, disse ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que estão ocorrendo “ameaças cada vez mais complicadas” neste âmbito, sobretudo por causa do desenvolvimento de novas tecnologias, da globalização e da falta de uma maior coordenação internacional.

Izumi foi a encarregada de abrir um debate especial do Conselho destinado a analisar este problema.

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Segundo as Nações Unidas, a possibilidade de que grupos terroristas ou outros atores não estatais consigam armas químicas, biológicas ou nucleares continua sendo “uma ameaça significativa para a segurança global”.

Os riscos aumentaram nos últimos anos, segundo a ONU, pela cada vez maior facilidade de obter, através da internet, informações que antes estavam apenas em poder de militares e cientistas.

Nakamitsu destacou ainda que novas tecnologias, como a impressão 3D e os drones, representam uma maior ameaça em relação à utilização de armas de destruição em massa. Ela ressaltou a necessidade de uma maior cooperação entre países, poderes públicos e a indústria para limitar esse perigo. 

Venezuela

O presidente do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ), o magistrado Maikel Moreno, convocou ontem os representantes de todos os poderes públicos do país para discutir “a ameaça terrorista” sofrida por esse organismo e para impedir uma “escalada” de violência no país. As informações são da agência EFE.

A convocação foi motivada por um fato ocorrido anteontem (27) em Caracas, quando um agente da polícia científica venezuelana furtou um helicóptero, com o qual sobrevoou e abriu fogo contra as sedes do Ministério de Interior e do TSJ.

Em declarações na sede do Poder Judiciário, em Caracas, Moreno leu um comunicado dizendo que o TSJ decidiu “convocar os representantes do poder público nacional para uma reunião de urgência com o objetivo de tratar a ameaça terrorista e impedir uma escalada violenta contra o povo venezuelano e suas instituições”.

No texto, o máximo tribunal condenou as “ações terroristas” contra o Supremo, magistrados e trabalhadores da instituição, além de “exigir que cessem imediatamente os atos e pronunciamentos hostis” contra a alta corte. (Agência Brasil) 

Assad “deve escutar”ameaça de Trump 

O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou ontem que o líder sírio, Bashar al Assad, “deveria escutar e levar a sério” a ameaça feita na segunda-feira pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que responderá militarmente se houver um novo ataque químico na Síria.EFE

“Acredito que foi uma advertência séria, e acredito que as advertências sérias deveriam ser escutadas”, disse Guterres, em resposta à pergunta de um jornalista, antes de reunir-se ontem em Washington com o secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson.

A Casa Branca havia alertado na segunda-feira sobre “potenciais preparativos” do regime de Assad para um novo ataque com armas químicas na Síria, e advertiu que, se isso ocorrer, o governante e as suas forças armadas “pagarão um alto preço”.

A embaixadora dos EUA na ONU, Nikki Haley, sugeriu ontem que a ameaça de Trump já deteve os supostos planos de Assad de lançar um novo ataque químico sobre a sua população. “Posso dizer-lhe que, graças às ações do presidente, não vimos um incidente. Gosto de pensar que o presidente salvou muitos homens, mulheres e meninos inocentes”, afirmou Haley durante uma audiência perante o Comitê de Assuntos Exteriores da Câmara de Representantes dos EUA.

O Pentágono indicou ontem que acreditava Assad estava preparando o seu ataque na base aérea de Al Shayrat, a mesma que foi bombardeada pelo exército americano no último dia 7 de abril em represália por outro ataque com armas químicas que Washington também atribuiu a Damasco.

A Rússia protestou perante a advertência de Trump, por considerar “inaceitável” qualquer ameaça dos EUA contra a “liderança legítima” da Síria, e lembrou que não houve uma investigação internacional imparcial que estabelecesse que o ataque de abril foi de fato efetuado pelo regime de Damasco.

Por sua parte, Trump tentou solicitar o apoio dos seus aliados para sua postura na Síria, e, em sua conversa por telefone anteontem (27) com o presidente francês, Emmanuel Macron, ambos concordaram na “necessidade de trabalhar para uma resposta comum em caso de ataque químico na Síria”. 

(Agência Brasil) 

 

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