Donald Trump reage a lançamento de míssil

Presidente dos Estados Unidos chama a atenção de aliados sobre a nova iniciativa da Coreia do Norte

Postado em: 05-07-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Presidente dos Estados Unidos chama a atenção de aliados sobre a nova iniciativa da Coreia do Norte

O lançamento de um novo míssil balístico intercontinental pelo regime norte-coreano repercutiu nos Estados Unidos. Coincidência ou não, o novo teste foi feito em uma data importante para os norte-americanos, ontem, 4 de julho, o país comemora sua independência. O presidente Donald Trump usou o Twitter para dizer que  era “difícil acreditar que o Japão e a Coreia do Sul vão continuar muito tempo sem fazer nada sobre isso”.

Trump escreveu três mensagens sobre o lançamento, em outra disse que “talvez a China pressione a Coreia do Norte para acabar de uma vez por todas com as ameaças norte-coreanas. Em outra mensagem, referindo-se diretamente ao líder do regime Kim Jong Un, Trump questionou “Esse cara não tem nada para fazer?”

A agência oficial de notícias da Coreia do Norte divulgou imagens de pessoas reunidas em frente a um grande telão em uma praça na capital Pyongyang para ver o anúncio do lançamento do míssil.

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Segundo o governo, o lançamento do novo míssil balístico intercontinental foi realizado com sucesso e pela primeira vez percorreu uma trajetória que, segundo os especialistas, poderia alcançar o Alasca, nos Estados Unidos.

O míssil percorreu 933 km e atingiu 2800 km de altitude. Antes de cair no mar do Japão, voou 39 minutos. O lançamento foi coordenado diretamente pelo líder Kim Jong Un. A TV estatal norte-coreana disse que com o teste bem-sucedido, o país “tornou-se uma potência nuclear imponente com o mais poderoso míssil balístico intercontinental, com capacidade de atingir qualquer parte do planeta.”

Extraoficialmente, fontes dos Estados Unidos e da Rússia, ouvidas por agências de notícias, desqualificaram a informação sobre a potência do míssil lançado. Para eles, o míssil seria de médio e não de longo alcance como Pyongang anunciou. A Casa Branca ainda não se pronunciou oficialmente sobre o teste.

ICBM

O Exército norte-coreano disparou o projétil às 9h40 do horário sul-coreano (21h40 de ontem em Brasília), a partir da base aérea de Panghyon, na província de Pyongan do Norte. A informação foi confirmada por Seul e Tóquio.

Horas depois, o anúncio lido na emissora KCTV pela locutora encarregada das notícias mais importantes para o regime, Ri Chun-hee, indicou que se trata de um ICBM batizado Hwasong-14. O míssil alcançou altura máxima de 2.802 quilômetros (km) e percorreu 933 km em 39 minutos.

“A República Popular Democrática da Coreia [nome oficial do país] se converteu em um importante poder nuclear com o ICBM mais poderoso, capaz de atacar qualquer parte do mundo”, afirmou a apresentadora.

Se confirmado, o ensaio suporia um avanço importante no programa armamentista norte-coreano. O líder do regime norte-coreano, Kim Jong-un, afirmou, no princípio do ano, que pretende desenvolver mísseis ICBM (projéteis que chegam de percorrer mais de 5,5 mil quilômetros) capazes de carregar bombas nucleares.

O Ministério da Defesa Russo declarou que o míssil não tem alcance intercontinental. “Os parâmetros de voo correspondem ao de um míssil de alcance médio, e não intercontinental”, afirmou a pasta em comunicado. “O projétil se elevou a uma altura de 535 km, percorreu 510 km e caiu na parte central do mar do Japão”, acrescentou o texto. 

Agência Brasil

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