O chamado Dia da Sobrecarga da Terra chega ainda mais cedo este ano

A data chega quando gastamos o total dos recursos que o planeta pode renovar em um ano

Postado em: 02-08-2017 às 11h20
Por: Thais Tomás
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A data chega quando gastamos o total dos recursos que o planeta pode renovar em um ano

A cada ano gastamos mais recursos naturais do que a natureza
consegue repor. É o que constata a Global Footprint Network, uma organização
internacional que anualmente calcula o Earth Overshoot Day (Dia da Sobrecarga
da Terra), momento quando o consumo dos recursos naturais pela população e
indústrias do Planeta atinge o limite do que a Terra é capaz de repor em um ano
inteiro. E mais uma vez esse dia chegou mais cedo: 2 de agosto. Segundo a ONG
internacional, estamos entrando cada vez mais cedo no vermelho. No ano passado
essa data chegou no dia 8 de agosto, quase na metade do ano, em 2015 foi em no
dia 13 de agosto, em 2014 no dia 19 agosto.

E com essa perspectiva ambiental cada vez mais sombria,
algumas empresas começam a perceber que a adoção de ações sustentáveis não são
mais somente uma questão de marketing social, mas sim um investimento
estratégico e um diferencial competitivo, que agrega valor a produtos e
serviços. Em Goiânia, um levantamento da Comunicação Sem Fronteiras, assessoria
de imprensa com forte atuação no setor imobiliário em Goiás, constata que, na
região metropolitana haverá até 2020 pelo menos 15 edifícios com diferenciais
de sustentabilidade.

Parte deles virão da MRV Engenharia, maior construtora
residencial da América Latina, e que tem agregado investimento em
sustentabilidade. Presente em 140 cidades brasileiras, entre elas Goiânia,
neste ano a construtora vai lançar 30% de todos os seus projetos com energia
fotovoltaica, oferecendo energia limpa para os seus clientes. A meta é que em
cinco anos, 100% de seus imóveis tenham eletricidade fotovoltaica.

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Outro projeto em Goiânia com preocupação com o uso de
energia elétrica está no Setor Marista. Trata-se do Sinfonia Eco Design, que
irá gerar sua própria energia elétrica por meio de um sistema de captação da
energia solar que, no Brasil e em Goiás, é uma fonte intensa e contínua durante
todo o ano. O empreendimento é um lançamento da Loft Construtora e da JFG
Incorporações.

No prédio será implantada uma usina de microgeração
fotovoltaica, onde a luz do sol é captada por painéis solares produzidos de
silício e instalados na cobertura do edifício. O sistema irá gerar energia
elétrica que será usada nas áreas comuns do prédio como garagens, área de
lazer, portaria e outras. O excedente não utilizado de energia será injetado na
rede da concessionária como forma de crédito.

Esse modelo de geração é denominado geração distribuída e
tem como principais vantagens a economia gerada para o usuário e a redução de
custos com transmissão das concessionárias de energia.  Já é bastante
utilizado em países como Canadá e Alemanha mas, no Brasil, foi regulamentado em
2012 com a entrada em vigor da Resolução Normativa nº 482 da Agência Nacional
Energia Elétrica (ANEEL).

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